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Publicado em 29/08/2013
Propor uma agenda com ações concretas para atender às principais demandas do agronegócio brasileiro e exigir dos governantes, políticos e até de futuros candidatos, um compromisso de que executarão as medidas propostas pelas lideranças do setor. Essa foi uma das principais conclusões tiradas do 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido no início de agosto (05), pela Abag - Associação Brasileira do Agronegócio, que reuniu 820 participantes, em São Paulo.
Entre os pontos destacados nas palestras e debates estão a segurança jurídica para cumprir os marcos regulatórios, desenvolver esforços para regularização fundiária, estabelecer uma política de seguro agrícola para mitigar o risco do produtor com relação a pragas, doenças e adversidades climáticas e maior empenho e prioridade na execução de obras, de modo a acabar ou reduzir os gargalos logísticos e de transporte que tanto prejuízo causa ao segmento e que foi o tema principal do evento.
Durante todo o dia, um seleto grupo de economistas, técnicos, além das principais lideranças do setor debateram o assunto. Ao final, o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho afirmou que os participantes do Congresso da Abag saíram com uma grande dúvida sobre se as obras de infraestrutura sairão no prazo e com a urgência que o setor e o País necessitam.
“O Brasil ganha cada vez mais importância no cenário mundial da produção de alimentos e bioenergia, pois além de ter a tarefa de dar conta de 40% do aumento esperado para a demanda global de alimentos até 2020, também já é hoje um importante formador de preços para várias commodities. Nesse sentido, a precariedade da logística reduz nossa competitividade internacional”, afirmou Carvalho. Há uma expectativa mundial com relação à capacidade do Brasil ofertar alimentos e energia renovável para os próximos anos.
Paralelamente a esse esforço de ganho de produtividade dentro da fazenda, a maioria dos participantes do 12º Congresso da Abag ressaltou que é fundamental os governantes reforçarem os investimentos em infraestrutura, que demanda tempo de maturação. “O gargalo logístico que afeta o agronegócio não será resolvido em apenas um ano porque não se faz uma obra nesse período. Será necessário, no mínimo, três a quatro anos para que os resultados comecem a aparecer. Isso é claro, se todos os investimentos anunciados resultarem em obras”, afirmou Afonso Mamede, presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, durante o painel “As Oportunidades e as Dificuldades para o aumento da Oferta”.
Para Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado
do Mato Grosso, não é por falta de recursos que o Brasil não possui uma infraestrutura e uma logística
adequadas para atender as necessidades do agronegócio e, sim, outros fatores que dificultam o andamento das obras,
como o licenciamento ambiental, a fiscalização dos territórios indígenas, os questionamentos do
Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros. Leia mais aqui.
Informações de ABAG.
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