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Pesquisadores chineses descobrem vírus da gripe aviária

Publicado em 23/08/2013

clique para ampliar>clique para ampliarOs primeiros casos da gripe aviária H7N9 foram confirmados na região de Zhejiang, na China (Foto: Wang Zhao/AFP)

Cientistas da China informaram ontem (22) que estão pesquisando a existência de um vírus do tipo H7 que infecta galinhas. Eles estudam o vírus da gripe das aves H7N9, que matou mais de 40 pessoas no país desde março. O vírus foi batizado de H7N7 e tem capacidade de infectar mamíferos, segundo experiência de laboratório.

“Se deixarmos o H7N7 continuar a circular em galinhas, tenho a certeza de que ocorrerão casos de infecção humana”, disse por e-mail o coautor do estudo Yi Guan, da Universidade de Hong-Kong. “Esse vírus pode causar infecções mais graves que o H7N9”, observou.

Para os especialistas chineses, é necessário manter o alerta, pois o novo vírus pode representar uma ameaça. “A prevalência continuada dos vírus H7 em aves poderá levar à geração de variantes altamente patogênicas e mais infecções humanas esporádicas”, disseram os cientistas, em um artigo publicado na revista Nature.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 135 casos confirmados de pessoas que contraíram a gripe das aves H7N9 ao longo do ano, 44 morreram. Todos os casos ocorreram na China, com exceção de um em Taiwan.

O H7N7 se espalha em aves. Em 2003, causou uma morte humana e mais de 80 casos moderados da doença na Holanda. Para o novo estudo, os especialistas testaram em ratos de laboratório o vírus H7N7. Os animais desenvolveram pneumonia grave, o que sugere que o vírus é potencialmente infeccioso para os seres humanos.

“Pensamos que é assustador para os humanos. A população humana não tem anticorpos contra o subtipo de vírus da gripe H7. Por isso, se ele causar um surto pandêmico, matará muitas pessoas”, disse Yi Guan, da Universidade de Hong-Kong. Em uma amostra de 150 galinhas testadas, 36 eram portadoras do vírus H7N7 e muitas aves tinham tanto o H7N7 quanto o H7N9.

Ao analisar o estudo, o professor Iain Jones, da Universidade de Reading, disse que o vírus não é “um imediato perigo público”. “Os programas de vigilância podem agora concentrar-se em estirpes fundamentais no processo de adaptação e erradicá-las”, disse ele, em texto divulgado pelo Science Media Centre.


Informações de Agência Brasil.

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