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Publicado em 13/06/2013
O agricultor Evaldo Fisher mora em São João e foi contemplado com com um dos bodes, dos 50 entregues na sede do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), unidade de Pato Branco, no mês de maio. Cada animal custou simbolicamente R$ 100, frente ao preço praticado comercialmente, que fica em torno de R$ 2 mil.
Somente receberam animais aqueles produtores ligados à agricultura familiar. Outros critérios observados por profissionais da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) previam a participação em curso do Senar, ter iniciado um plantel e ter adequado ou estar adaptando suas propriedades a questões ambientais.
O Iapar apenas entregou bodes, pois as fêmeas são oferecidas aos centros agrícolas, universidades, associações e casas familiares rurais. A entrega de fêmeas não atingiria significativamente a todos os interessados, além de elas não conseguirem repassar o gene de forma expressiva. “Um macho consegue deixar seu gene em 20 a 30 fêmeas. O melhoramento genético através do macho funciona igual aos programas de inseminação artificial”, fala o pesquisador da área de nutrição animal do Iapar, André da Silveira.
Crescimento do setor
No Sudoeste existem 30 mil caprinos divididos em duas mil propriedades. Até
hoje, o instituto entregou aproximadamente 1.000 animais. Pato Branco tem uma cooperativa de carne de ovinos e caprinos. Por
sua vez, Francisco Beltrão possui a associação de caprinos.
Segundo o médico-veterinário da Emater, José Antônio Vieira, a caprinocultura está apenas no início e muito precisa ser feito para efetivar o crescimento da cadeia produtiva. De acordo com ele, a estação do Iapar multiplica caprinos desde 2006 e é a única do Estado. “Estamos iniciando a produção. Não temos mercado garantido. Estamos na busca dessa cadeia, igual à bovinocultura do leite, porque hoje está sendo feito direto entre produtor e consumidor”, fala.
Melhoramento Genético
O programa desenvolvido pelo Iapar tem a Emater como parceira e é
supervisionado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A proposta, desde o início, está voltada
à busca de melhoramento genético da raça Boer, específicas para a carne, onde são trabalhadas
questões como nutrição, sanidade e genética. “Trabalhamos para haver maior rendimento, melhoramento
de carcaça e maior ganho de peso”, aponta Silveira.
Para envolver a caprinocultura de leite, o pesquisador do Iapar diz que precisaria de consumidor efetivo, produção mais especializada, industrialização local, entre outros fatores.
Com informações de Diário do Sudoeste.
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