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Agropecuária puxa alta do PIB, mas infraestrutura limita crescimento

Publicado em 12/06/2013

Custo logístico do agronegócio é de até 9% do PIB do setor
clique para ampliar clique para ampliarPIB do setor de agropecuária cresceu 9,7% no 1º trimestre, a maior alta desde 1998 (Foto: G1)

Ficou abaixo do esperado o PIB brasileiro no primeiro trimestre do ano. Não fosse o bom desempenho do agronegócio, teria sido pior. No campo, uma boa notícia: a produção de soja aumentou e ajudou o setor agropecuário a bater um recorde. O crescimento do setor foi o maior desde 1998 (+9,7%).

Esse desempenho contribuiu para ajudar a economia, que teve crescimento abaixo do previsto pelo mercado e pelo governo. De janeiro a março, o PIB, soma dos produtos e serviços produzidos pelo país, avançou 0,6%.

A indústria foi o destaque negativo, principalmente por causa da queda na produção de petróleo (-0.3%). O que surpreendeu foi a alta de investimentos (+4,6%). O país comprou máquinas e equipamentos para produzir mais.

Poderia ter sido melhor
O resultado, no entanto, poderia ter sido melhor, se não fosse o custo e o desperdício que resultam da falta de infraestrutura do país. Segundo dados da consultoria Intelog, especializada no cálculo do custo logístico, entre 8,5% e 9% de tudo o que é produzido pelo agronegócio no país, ou seja, do PIB do setor, é gasto para cobrir os custos logísticos. Também por conta da infraestrutura ruim, o desperdício da safra de soja – com perdas da lavoura ao porto – fica entre 6% e 13% do que é colhido.

Se no Brasil a maior parte do gasto logístico do agronegócio é com transporte de longa distância (48,1%), nos Estados Unidos o grosso da despesa vai para armazenagem (40%). A falta de locais para armazenagem dos grãos no Brasil deixa o país refém de vendas imediatas e impede, por exemplo, a regulação de preços.

Em entrevista ao G1, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou que o governo deve divulgar no curto prazo um programa de armazenagem estratégica que prevê uma rede de armazéns voltados ao descarregamento dos produtos agrícolas e liberação dos caminhões. A rede, segundo ele, vai reduzir o tempo de carregamento nas fazendas e descarregamento nos portos.


Informações de G1,adaptdo pelos Observatórios Sesi/Senai/IEL.

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