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Publicado em 08/05/2013
Iniciando as atividades de 2013, a Articulação da Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense, do Setor de Biotecnologia Animal, abriu as discussões para elaboração de um novo projeto chamado “Valor Econômico dos Resíduos e Subprodutos da Indústria Animal".
Moderado pela equipe técnica dos Observatórios Sesi/Senai/IEL do Sistema Fiep, a proposta da articulação setorial consiste em promover a interação entre representantes do setor produtivo, academia e governo a fim de consolidar ações e projetos que possam auxiliar no desenvolvimento sustentável do setor de biotecnologia animal do Paraná.
O objetivo do grupo é diagnosticar a situação em que se encontram os subprodutos gerados pela produção das cadeias agroindustriais do estado. Em um primeiro momento serão codificadas as atuais circunstâncias para posteriormente identificar alternativas para uma indústria sustentável. Participam do projeto representantes da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (OCEPAR), Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Universidade Unioeste, Embrapa Suínos e Aves, Embrapa Florestas, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), entre outros.
A intenção é que, com base nos resultados obtidos, as informações sejam compiladas e
fiquem à disposição das Instituições de Ensino Superior, que por meio da elaboração
de outros projetos também possam contribuir para o desenvolvimento de novos processos e produtos que visem o aproveitamento
sustentável dos resíduos.
O processo em fase inicial pretende em breve definir o setor que será
objeto de estudo. Segundo a pesquisadora responsável pela articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia
Animal, Adriane Bainy, “Ainda não definimos, mas é possível que seja o setor avícola”.
Resíduos e Subprodutos
A importância da discussão levantada pelo projeto é indiscutível para a avicultura do estado. Para se ter uma ideia, com base em informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o rendimento de um abate oscila entre 72% a 82%, dependendo da estratégia de comercialização. Isso significa que o abate gera uma grande quantidade de resíduos e subprodutos, sendo importante para todo o processo industrial a reciclagem e reutilização dos mesmos, tanto em questões econômicas como para a redução do impacto ambiental da produção.
Já existem algumas normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quanto à destinação dos resíduos e subprodutos de origem animal. Pois esta é, atualmente, uma das maiores preocupações do ministério e a cobrança por uma indústria sustentável cresce a cada dia.
As restrições não são impostas apenas pelos órgãos fiscalizadores, mas também pelos consumidores preocupados com o meio ambiente. Segundo a Embrapa, entre os principais produtos gerados a partir dos resíduos da indústria avícola estão as farinhas de pena, sangue, vísceras, carne e óleo. Já os subprodutos gerados no processo de abate são pele, gordura e carne mecanicamente separada (CMS), que podem ser utilizados na produção de embutidos.
Segundo Adriane, a pesquisa do grupo de trabalho que trata da temática de meio ambiente da Articulação da Rota Estratégica de Biotecnologia Animal visa em um primeiro momento estudar apenas um setor, mas será o primeiro passo para desvendar as dificuldades atuais dos resíduos gerados pelas cadeias produtivas de origem animal e pode, futuramente, inspirar novos estudos sobre outros setores, além de abranger outras questões.
Saiba mais sobre o projeto de articulação setorial no blog: www.fiepr.org.br/observatorios/biotecnologia-animal/
Fonte: Revista Avicultura
do PR, CNC Comunicação.
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