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Publicado em 03/05/2013
Para os brasileiros, a carne de cavalo pode não parecer uma iguaria tão apetitosa quanto a de outros animais, como bovinos e aves. Porém, o prato aqui considerado indigesto é amplamente consumido no exterior, sobretudo em países da União Europeia. E o Paraná tem tradição na oferta desse produto, mesmo com o desaquecimento do mercado nos últimos anos.
À margem da recente polêmica ocorrida no Hemisfério Norte – na qual se diagnosticou a presença de carne equina em produtos que deveriam ter 100% de origem bovina –, os cortes de cavalo atraem consumidores ingleses, italianos, franceses. Em 2012, o Brasil exportou 2,3 mil toneladas dessa carne in natura. E esse volume já foi bem maior, com 20 mil toneladas embarcadas em 2004. Os abates com inspeção federal passaram de 200 mil cabeças em 2004 e 2005 – 110 mil e 88 mil no Paraná, respectivamente.
Para atender à demanda externa, houve quem se especializasse no assunto. O frigorífico Oregon tem sede em Apucarana (Norte) e é um dos três estabelecimentos autorizados no Brasil a abater carne de equídeos (grupo que inclui cavalo, jumento e mula), apontam os registros do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIF), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Uma vez por semana o frigorífico suspende o abate de bovinos para fazer o trabalho com cavalos.
A estrutura do frigorífico pertence à FrigoBeto, empresa paranaense que desde 1991 atua no fornecimento da carne e derivados de equinos para o exterior. Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro, diretor do empreendimento, conta que são utilizados animais de descarte, que não servem mais para o serviço no campo. “Temos uma lista de fornecedores cadastrados, e uma equipe compra animais em todas as regiões do estado, porque normalmente a quantidade de cavalos disponíveis é pequena”, relata.
Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro, da FrigoBeto, explica que hoje Bélgica, Holanda e França estão entre os principais destinos da produção.
Informações de Gazeta do Povo.
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