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Propriedades com casos suspeitos de mormo são interditadas em São Paulo

Publicado em 01/05/2013

O diretor da Defesa Agropecuária Animal, Agnaldo Rebelo, confirmou na quinta-feira (25) que sete propriedades rurais no Estado de São Paulo estão interditadas para o trânsito de cavalos. Seis passam por bloqueio do órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento por casos suspeitos da doença de mormo. Em apenas uma a doença foi confirmada em um animal.

Na região de Itapetininga, as interdições ocorreram em quatro cidades: Avaré, Arandu, Tatuí e Itapetininga (SP). Já na região de Sorocaba, as propriedades ficam em Jundiaí e Araçariguama. Em Atibaia, na região do Vale do Paraíba (SP), também foi determinado um bloqueio.

A Defesa Agropecuária Animal destaca que até o momento, a doença foi confirmada em um cavalo que estava em uma propriedade em Araçariguama. Após a confirmação, o animal foi sacrificado. Já a propriedade de Jundiaí foi interditada porque o cavalo infectado esteve no local.

Mais informações do caso confirmado de mormo em São Paulo podem ser encontradas neste link.

Avaré
Em Avaré, aproximadamente 1,6 mil cavalos estão retidos no Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel depois que dois animais que participam da 23ª edição do Congresso Brasileiro do Quarto de Milha e do 2º Campeonato Latino-Americano da Raça Quarto de Milha apresentaram sintomas característicos da doença.

O evento terminou no domingo (21), mas por medida de segurança o trânsito dos cavalos está proibido por pelo menos até 6 de junho. A decisão de manter os animais confinados após as competições foi da Defesa Sanitária Animal do Estado de São Paulo. Exames de contraprova foram feitos e tiveram resultados negativos, mas os cavalos devem ser monitorados até a realização de um novo exame.

Durante este período, que deve levar aproximadamente mais 41 dias, mais de 1,6 mil cavalos de 349 criadores da raça Quarto de Milha de 15 estados brasileiro também estão proibidos de sair do recinto por medida de segurança para controle da doença.

Um dos animais com a suspeita da doença continua no recinto. O outro, uma égua, saiu antes da interdição do parque e está em uma fazenda da região. De acordo com a Defesa Agropecuária, a propriedade já foi inspecionada e está interditada. O animal foi isolado e deve ficar assim até que o próximo exame seja feito. Caso desrespeite as determinações, o dono do lugar responde sanitariamente e criminalmente.

O mormo é uma doença infectocontagiosa transmitida por uma bactéria que se aloja em animais equídeos, mas que podem também contaminar homens e outros animais como gatos e cachorros. A contaminação acontece através do contato com fluídos corporais dos animais doentes, como urina e fezes. O agente causador da doença pode penetrar através do organismo digestivo, respiratório ou cutâneo e levar o animal a morrer.

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais. A medida mais indicada pelos veterinários é isolar o animal que estiver com os sintomas dos outros ao perceber febre e emagrecimento rápido. Não há cura para a infecção, mas a bactéria pode ser controlada. De acordo com veterinários da Defesa Agropecuária do estado, os medicamentos utilizados no tratamento são a base de sulfas.

Com informações de G1 e ABCPCC.

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