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Uruguaios produzem primeiros cordeiros transgênicos da região

Publicado em 26/04/2013

clique para ampliar clique para ampliarCordeiro transgênico é fluorescente sob luz ultravioleta (Foto: Reprodução)

Um grupo de cientistas uruguaios da  Fundação Instituto de Reprodução Animal Uruguai (IRAUy), em colaboração com o Instituto Pasteur de Montevidéu, anunciou nesta quarta-feira o nascimento de cordeiros geneticamente modificados, os primeiros da América Latina, , e que têm como característica principal a fluorescência sob luz ultravioleta.

Entre as espécies transgênicas desenvolvidas na América Latina estão uma vaca transgênica que produz no leite proteínas de origem humana, produzida na Argentina, e cabras transgênicas brasileiras, que também produzem proteína que combate a diarreia infantil.

Nos últimos meses foram feitas análises e estudos moleculares e genéticos para confirmar se os cordeiros efetivamente tinham o gene introduzido pelos cientistas nos embriões ovinos. Esse gene é originário de uma água-viva, responsável pela produção de uma proteína verde fluorescente característica da espécie.

"É uma proteína facilmente identificável no indivíduo. É usada há anos como marcador e nós a usamos neste caso para saber facilmente se os animais eram portadores do gene, comprovar o êxito da técnica", explicou Alejo Menchaca, presidente do instituto.

Como resultado, cordeiros comuns a olho nu ficaram com seus tecidos esverdeados quando expostos à luz ultravioleta. O objetivo foi testar uma técnica inovadora de transgenia, que segundo o cientista é mais simples e eficiente que outras tradicionais.

"É uma técnica muito eficiente porque todos os que nasceram são positivos. Já funcionando, pode-se manipular outro gene de maior interesse para produzir uma proteína específica", informou Menchaca.

As pesquisas neste campo apontam para a possibilidade de utilizar o gene responsável pela produção de uma proteína que falta em algumas patologias humanas (por exemplo, a insulina nos diabéticos), incorporá-lo ao genoma do embrião de uma ovelha, que ao nascer produziria esta substância no leite. Isso permitiria isolar esta proteína para elaborar medicamentos de forma mais simples do que na atualidade, explicou o cientista.

Informações de AFP.

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