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Publicado em 04/03/2013
A Comissão Europeia acaba de autorizar a utilização de farinha de origem animal para a alimentação de peixes criados para o consumo humano. A partir de junho, os piscicultores poderão voltar a usar farinha com porco e aves, um tema que suscita preocupação na França.
Desde 2001, a utilização de farinha de origem animal estava proibida na União Europeia, por causa do caso de vaca louca que se iniciou no Reino Unido e se alastrou por vários países do mundo, levando ao abate forçado de 190 mil animais. Mas agora, ressaltaram os especialistas, a situação é bastante diferente. Um vasto estudo foi realizado por técnicos antes de liberar a farinha animal, como explica Françoise Médale, diretora da unidade de Nutrição, Metabolismo e Aquicultura do Instituto Nacional de Pesquisas Agrônomas da França.
Apesar dos estudos, as autoridades europeias não poderiam ter escolhido um pior momento para fazer este anúncio da mudança das regras na alimentação dos peixes, em pleno escândalo da mistura de carne de cavalo com carne bovina em produtos congelados. As dificuldades de determinar a origem da carne foram o centro do problema. Enquanto isso, organizações ambientalistas chamam a atenção para o fato de que o reaproveitamento das carcaças de animais é algo positivo.
No Brasil, a utilização de farinha de origem animal é permitida para alimentação de não ruminantes, como aves, suínos e peixes. A Associação Brasileira de Reciclagem Animal transforma os restos de carcaças de animais em outros produtos, que servem de base inclusive ração para gatos e cachorros. Vinícius Oliveira, secretário-executivo da Abra, conta como funciona essa cadeia.
Informações de RFI.
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