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Publicado em 04/02/2013
Um grupo de pesquisa da Embrapa Gado de Corte, coordenado pelo pesquisador Renato Andreotti, está trabalhando na elaboração de antígenos para a produção de vacinas mais eficientes e acessíveis que os produtos disponíveis atualmente. Dois antígenos prontos já passaram pelos primeiros testes e podem ser transformados em vacinas.
Os antígenos BmCG-86 e BmTI obtiveram, em pesquisa, uma eficiência de controle da ordem de 50%. Quando aplicados em conjunto, em uma mesma vacina, o grau de eficiência sobre para 60%. "Caso sejam ministrados em associação com um controle químico contra o carrapato, a eficácia pode chegar a 100%, além de aplacar a pressão de resistência aos produtos que estão no mercado", explica Andreotti.
O antígeno BmCG-86 provoca problemas fisiológicos no carrapato e dificulta a sobrevivência do parasita.
“A proteína provoca lesões graduais no intestino do carrapato, afetando a produção de ovos
e, consequentemente, a eficiência da reprodução”, explica Andreotti.
Já o antígeno
BmTI atua impedindo que o carrapato possa se fixar no couro do boi e, portanto, faz com que o parasita não consiga
sobreviver por muito tempo. "Esses dois antígenos podem participar de uma mesma vacina, com um potencializando o efeito
do outro", diz o pesquisador.
O fato de os dois antígenos estarem em fase de licenciamento para a produção comercial não significará interrupção dos estudos. "Temos como meta uma vacina que possa trabalhar com grau de eficácia acima de 95%, utilizando um mix de vários antígenos com diferentes estratégias de ação", explica.
De acordo com o chefe-geral Cleber Oliveira Soares, da Embrapa Gado de Corte, a proteína BmTI poderá chegar ao mercado como vacina em dois a três anos, dependendo da agilidade da empresa que se responsabilizar pela sua produção comercial. Já em relação à vacina com o antígeno BmCG-86, a expectativa para ficar disponível comercialmente é de até cinco anos.
Informações de Revista DBO
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