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Publicado em 23/01/2013
Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, utilizaram isótopos estáveis de carbono e nitrogênio para diferenciar o frango caipira do frango comercial, após o abate. Os resultados comprovaram que o sistema de criação do frango caipira permite que as aves tenham uma alimentação mais variada, influenciando diretamente na qualidade da carne.
O estudo foi realizado pelos professores Luiz Antonio Martinelli, do Cena, Vicente José Maria Savino e Antonio Augusto Coelho, da Esalq. A hipótese inicial era que como a ração do frango de granja tem uma composição de carbono e de nitrogênio que pouco varia, pois a base da ração é sempre milho e soja, essa invariabilidade isotópica da alimentação se refletiria na carne da ave. Consequentemente, a alimentação variada do frango caipira faria com que a composição isotópica de sua carne também fosse mais variada.
Para testar essa hipótese, os pesquisadores determinaram a composição isotópica de frangos caipiras, oriundos do Projeto Frango Feliz, onde são criados sob sistema intensivo pelo departamento de Genética da Esalq, e frangos de granja adquiridos em estabelecimentos comercias. O estudo concluiu que a composição isotópica dos frangos caipiras foi totalmente distinta da apresentada pelas aves adquiridas no comércio, que aparentemente não apresentam diferenças significativas entre si. Esses resultados encorajaram os pesquisadores a propor que esse método é viável para distinguir o frango caipira do frango comercial.
Informações de Agência USP de Notícias.
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