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Publicado em 10/01/2013
O diretor geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) pediu a países que estão impondo embargos às importações de carne bovina do Brasil, depois da descoberta de caso atípico da vaca louca no mês passado, que suspendam as restrições assim que possível, afirmando que a medida é injustificada.
Na semana passada, a secretária de Comércio Exterior do Brasil disse que o país estava considerando recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) se os países que impuseram restrições ao produto brasileiro não levantassem os embargos.
Desde o anúncio do caso atípico, dez países já impuseram restrições à carne do Brasil ou a seus derivados: Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, China e Taiwan adotaram embargo total; Jordânia e Líbano restringiram o produto do Paraná; Peru suspendeu completamente por três meses; o Chile restringiu apenas a compra de farinha de carne e de osso.
O diretor geral da OIE, Bernard Vallat, disse que os países têm o direito de adotar embargos provisórios como resposta de emergência a surtos de doenças que dependem de mais informações, mas ele diz que não há razão para tais restrições neste caso. "Um caso em uma população de 200 milhões de cabeças de gado não justifica a mudança de classificação", Vallat disse a repórteres.
A organização com sede em Paris manteve a classificação para o produto do Brasil como risco insignificante para a EEB, o mais seguro entre as três categorias. Este status é concedido a países que mostraram que a doença não existe ou é extremamente restrita.
O Ministério da Agricultura informou que dará um prazo até março para que os países levantem os embargos à carne bovina do Brasil antes de tomar qualquer ação legal na OMC.
Informações de Reuters.
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