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Publicado em 20/12/2012
Em entrevista à Agência Estado, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, reafirmou, que o serviço sanitário russo (Rosselkznador) concordou em levantar o embargo imposto há 18 meses às carnes de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. O que falta, segundo Porto, é a liberação dos frigoríficos que ainda não podem vender ao país, o que ocorrerá após a análise de relatórios técnicos de cada planta pelos veterinários russos.
Na semana passada, em entrevista coletiva em Moscou, a presidente Dilma Rousseff considerou um equívoco o anúncio da suspensão do embargo russo pelo Ministério da Agricultura. Célio Porto, que estava com a comitiva em Moscou, salientou que não ouviu a frase dita pela presidente e explicou que havia de fato expectativa de que ocorresse o restabelecimento do comércio de carne no país e o fim do embargo aos três Estados brasileiros.
Célio Porto afirmou que voltará a manter contato com as autoridades russas para saber da perspectiva de liberação das plantas. Ele afirmou que em junho de 2011, quando o embargo foi imposto, havia 25 frigoríficos dos três Estados exportando para a Rússia. O governo brasileiro já enviou "relatórios de auditoria" para reabilitação das 25 plantas (seis de bovinos, sete de suínos e 12 de aves) e também documentos contendo "planos de ação" para habilitação de outros cinco estabelecimentos que foram vistoriados pelos veterinários russos entre julho e agosto deste mês nos três Estados.
Ractopamina
Célio Porto afirmou que as exportações de carne suína dos quatro frigoríficos
habilitados para o mercado russo, que estavam suspensas desde o dia 7 deste mês, estão sendo retomadas nesta
semana. A suspensão da exportação ocorreu porque a defesa agropecuária brasileira não estava
certificando a ausência da substância ractopamina, um indutor de crescimento usado na ração de suínos.
Porto disse que os russos concordaram que os exames atestando a ausência de resíduos da ractopamina poderão ser feitos em laboratórios autorizados pelo Ministério da Agricultura, inclusive os da própria indústria.
O Brasil baniu o uso da ractopamina em 12 de novembro e eventualmente planeja ter um sistema segregado que possibilite a produção de carnes sem ractopamina para alguns compradores tais como a Rússia, e a utilização da substância na produção para exportação para outros destinos.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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