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China vai se tornar principal destino agrícola brasileiro

Publicado em 29/11/2012

Chineses compraram 24,3% dos produtos agrícolas exportados pelo País no primeiro semestre e podem passar os europeus ainda este ano
clique para ampliar clique para ampliarA tendência é que a soja brasileira ocupe ainda mais espaço na China (Foto: Portal do Agronegócio)

A China “encostou” na Europa e está prestes a se tornar o principal cliente das exportações brasileiras do agronegócio. Os chineses compraram 24,3% dos produtos agrícolas vendidos pelo País no primeiro semestre, ante 24,6% dos europeus, 8,2% do Oriente Médio, 7,3% da América Latina e 5,9% dos Estados Unidos, revela o estudo Especial Agronegócio, do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

"Com a alta dos preços da soja, é provável que a China ultrapasse a União Europeia este ano ou, no máximo, em 2013. E temos de considerar que a China é um país, enquanto a UE é um bloco", diz André Soares, coordenador de pesquisa e análise do CEBC.

Os chineses avançaram velozmente na compra de alimentos e de outros produtos agrícolas produzidos no Brasil. O comércio agrícola entre Brasil e China duplicou em três anos, de US$ 8 bilhões em 2008 para US$ 18 bilhões em 2011.

De acordo com especialistas, o grande problema do intercâmbio bilateral é a alta concentração. A soja representa hoje 66,7% do que o País vende para a China na área agrícola, seguida de longe por pasta de madeira e celulose (7,5%) e por açúcar (7,3%). Os agricultores brasileiros também estão cada vez mais dependentes da China, destino para o qual embarcam 67,1% da soja que produzem.

E a tendência é que a soja brasileira ocupe ainda mais espaço na China. O Brasil é o segundo principal fornecedor de soja para os chineses, atendendo a 36,9% da demanda local, atrás dos Estados Unidos, com 42%.

As vendas de carnes à China ainda são reduzidas, mas começam a ganhar impulso. Segundo o Jornal Estadão, nesta semana, do dia 26 a 30 de novembro, uma missão do governo brasileiro visita Pequim para tentar aumentar as vendas de alimentos e bebidas. Fazem parte do grupo 18 grandes empresas do setor, como JBS, Marfrig e Brasil Foods. "Com o aumento da renda média na China, haverá uma demanda crescente por alimentos, setor em que o Brasil é muito competitivo", diz Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.

Informações de Jornal Estadão.

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