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Publicado em 19/11/2012
Uma equipe de cientistas chineses anunciou na última terça-feira (13) ter decifrado o DNA do camelo-bactriano (Camelus bactrianus), considerado passo fundamental para conhecer o metabolismo deste animal dos desertos da Mongólia e que corre risco de extinção.
O estudo, publicado na revista "Nature Communications", foi feito por geneticistas da Universidade de Jiatong, em Xangai. Eles analisaram o genoma dos camelos-bactrianos e viram que esses animais possuem 28.821 genes codificados, incluindo muitos ligados ao metabolismo, o que explicaria sua capacidade de sobreviver em condições extremas, sem comida e água.
O organismo desta espécie é capaz de suportar uma temperatura interna que oscila entre 34 ºC e 41 °C ao longo do dia, seu nível de açúcar no sangue é duas vezes mais elevado que nos demais ruminantes e ele pode consumir oito vezes mais sal, sem sofrer de diabetes ou hipertensão.
Os geneticistas descobriram no DNA do camelo numerosos genes envolvidos nos mecanismos do diabetes tipo 2 e da insulina. Também encontraram onze cópias do gene CYP2J, relacionado à tensão arterial e a uma alimentação muito salgada. O cavalo e o homem têm apenas um exemplar deste gene.
Os pesquisadores também identificaram neste animal uma série de genes que poderão explicar a presença de anticorpos de alta eficiência: uma forma de imunoglobulina, menor e mais estável, que apenas os camelídeos possuem.
Informações de Da France Presse.
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