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Publicado em 06/11/2012
Nasceram na segunda-feira (29), no Centro de Ciências Agro Veterinárias (CAV), da Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC), os primeiros suínos do Brasil fertilizados in vitro.
Segundo Alceu Mezzalira, professor
de reprodução animal e pesquisador do projeto de fertilização in vitro e clonagem de suínos,
essa pesquisa começou há cerca de dois anos e já foram feitas duas tentativas. Uma, há
cerca de um ano, não deu certo, pois a porca aguentou apenas 80 dias de gestação e abortou. Dessa vez,
a tentativa deu certo apenas com uma das três porcas que foram fertilizadas. Duas delas não conseguiram segurar
a cria.
A porca que serviu de barriga de aluguel para os seis leitõezinhos recebeu 30 embriões,
sendo que 15 deles in vitro e 15 eram uma experiência de clonagem, que não deu certo. O gene clonado foi de uma
raça quase extinta conhecida por Caruncho, que é um porco que contém muita gordura, mas não apresenta
doenças como diabetes e relacionadas ao coração. Por isso o interesse em preservar a raça.
Já
os seis in vitro que deram certo não têm raça definida, são porcos totalmente comerciais que deverão
ser abatidos quando alcançarem aproximados 100 quilos.
O professor de suinocultura José Cristani
afirma que não se tem registro de uma experiência como essa que deu certo até hoje no país. Segundo
ele, Lages torna-se, a partir de hoje, pioneira em fertilização de suínos in vitro.
- Esse
projeto tem como objetivo principal e futuro acabar com a transferência de animais vivos. Isso por que esse transporte
pode ser alvo de doenças e contaminação. A fertilização in vitro garante a biossegurança
dos animais e, consequentemente, de seus produtores - explicou.
Segundo Mezzalira, em aproximadamente 48 dias uma nova
bateria de embriões deverão ser fertilizados novamente com as duas modalidades, in vitro e clonagem. Se a clonagem
der certo, mais uma vez Lages será pioneira.
Informações de Diário Catarinense.
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