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Publicado em 06/11/2012
A pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) inaugurou no mês de outubro a primeira fábrica de nanopolímeros do Brasil para aplicação nas áreas médica, biotecnológica e farmacêutica.
As primeiras cápsulas vão armazenar o medicamento Praziquantel que trata a esquistossomose, doença que atinge 200 milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil, é endêmica e aflige 8 milhões de pessoas, sobretudo, crianças. Cada cápsula é mil vezes menor que um fio de cabelo.
A nova tecnologia vai permitir que o medicamento entre no organismo humano, transportado por uma cápsula que irá diminuir o tamanho do remédio e que será aberta apenas no local exato onde deve agir contra a doença. De acordo com o professor de engenharia química da Coppe e coordenador dos laboratórios e da fábrica, José Carlos Pinto, o aprisionamento evita que grande parte do remédio se perca no caminho, no estômago e no fígado, antes de atacar os parasitas. Com isso, os nanopolímeros vão diminuir o tamanho do remédio e a dosagem diária (que depende do peso do paciente).
"Com a pílula, o medicamento acaba sendo absorvido pelo organismo e uma parte se perde. Como as micropartículas protegem o produto que promove a cura da doença, você acaba podendo tomar doses menores e a eficiência é muito maior." Além disso, segundo o pesquisador, o nanoencapsulamento do Praziquantel será muito útil no tratamento das crianças, pois mascara o sabor ruim do remédio e facilita a ingestão.
O projeto conta com a parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com recursos de R$ 11 milhões por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A previsão é de que os testes em animais comecem no ano que vem e que, em 2014, o medicamento comece a ser testado em humanos.
Informações de Agência Brasil.
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