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Publicado em 06/11/2012
O pesquisador Rafael Leal, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, comprovou a presença de resíduos de antibióticos de uso veterinário no solo e em cama de frango.
Os resíduos de antibióticos atingem o ambiente de forma direta (fezes e urina de animais que pastam) ou indireta (utilização de esterco animal na adubação de culturas). A pesquisa adaptou e validou uma metodologia analítica para quantificação de resíduos de quatro tipos de antibióticos, as fluoroquinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, danofloxacina e enrofloxacina), aplicada em amostras de solo, cama de frango e solo fertilizado com cama de frango.
A orientadora do estudo foi a professora Jussara Borges Regitano, do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Foram avaliadas 46 amostras de cama de frango e 11 de solo, coletadas em granjas e áreas agrícolas em Piracicaba (interior de São Paulo) e sete municípios próximos, com importante atividade avícola. Todos os solos coletados apresentaram histórico de aplicação de cama de frango.
"Para a obtenção dos compostos foi empregada a extração assistida por ultra-som e a quantificação utilizou cromatografia líquida, empregada na análise de uma vasta gama de resíduos de contaminantes orgânicos em matrizes ambientais", conta o agrônomo.
As concentrações médias na cama de frango variaram de 1,37 a 6,68 miligramas por quilo (mg kg-1), tendo sido encontrados três dos quatro compostos avaliados (norfloxacina, ciprofloxacina e enrofloxacina).
"No caso dos solos, foi encontrado apenas um composto (enrofloxacina), sendo a concentração média bastante inferior a da cama de frango, de 22,93 microgramas por quilo (µg kg-1)", comenta Leal. "Em ambos os casos (cama de frango e solo), os valores foram compatíveis com os níveis relatados em outros países, podendo-se citar levantamentos conduzidos na Áustria, China e Turquia".
Leal ressalta que o uso prudente e criterioso de compostos antibióticos é a medida mais efetiva para a redução dos riscos ao homem e ao ambiente. "Na prática, isso não se restringe a apenas limitar a duração da pressão seletiva por meio da redução na duração do tratamento e no uso continuado de doses subterapêuticas, mas também inclui controlar os compostos em uso e fazer monitoramento ativo da incidência de resistência", conclui.
Informações de Agência USP de Notrícias.
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