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Publicado em 18/05/2016
Os alimentos produzidos com plantas geneticamente modificadas são seguros para o consumo humano e não causam
danos ao meio ambiente, de acordo com análise feita por 50 cientistas e publicada ontem pela Academia Nacional de Ciências
dos Estados Unidos. O documento diz, por outro lado, que não há evidências de que a tecnologia de engenharia
genética seja capaz de aumentar o rendimento da produção agrícola.
Cerca de 20 cientistas
elaboraram o relatório de 400 páginas, após consulta a mais de mil estudos científicos e avaliação
de mais de 20 anos de dados sobre doenças e plantações. O foco do relatório foram culturas transgênicas
importantes na economia americana.
O relatório conclui, com base em análises químicas, que
os alimentos transgênicos não oferecem riscos à saúde. O grupo também avaliou a incidência
de determinadas doenças, comparando suas taxas de ocorrência na América do Norte, onde os transgênicos
são parte da dieta desde 1996, e na Europa Ocidental, onde os alimentos biotecnológicos estão pouco presentes.
A conclusão é de que "não há evidências de aumento na incidência de câncer,
obesidade, doença hepática, autismo, doença celíaca ou alergias alimentares".
Sobre
os impactos ambientais, o relatório diz que "não há evidência conclusiva de uma relação
de causa e efeito entre culturas transgênicas e problemas ambientais". O uso de variedades resistentes a insetos, segundo
o documento, levou a uma redução do uso de inseticidas químicos. O uso de variedades resistentes a herbicidas,
por outro lado, levou ao aumento do uso de agrotóxicos.
Segundo o relatório, novas técnicas
como a edição de genomas - usada para fazer pequenas modificações genéticas nas plantas
- estão deixando cada vez mais tênue a fronteira entre as plantas transgênicas e as convencionais. Isso
estaria tornando insustentáveis os sistemas regulatórios existentes, como o controle dos rótulos de produtos
com base em plantas transgênicas. Os autores recomendam a criação de um novo sistema que tenha mais foco
nos atributos de cada cultura, em vez de voltar a atenção para a maneira como cada uma delas é criada.
O relatório conclui que o uso da biotecnologia trouxe benefícios econômicos a fazendeiros - como
a proteção contra insetos -, mas não parece ter acelerado a taxa de rendimento de culturas como milho,
soja e algodão. "A conclusão, depois de ler o relatório, é que as plantas transgênicas são
mesmo apenas plantas. Elas não são a panaceia que clamam alguns proponentes nem o temível monstro apontado
por outros", comentou Wayne Parrott, professor de Ciências do Solo da Universidade da Georgia, segundo o jornal The
New York Times.
Isenção
O documento diz que nenhum dos autores atua em empresas de biotecnologia
que produzem transgênicos, embora alguns já tenham desenvolvido plantas geneticamente modificadas e tenham sido
consultores dessas empresas.
Fonte: O
Estado de S. Paulo
O Roadmapping da Biotecnologia aplicada às Indústrias Agrícola e florestal, vislumbrando a importância da biotecnologia como meio para melhorar a eficiência técnica e econômica das lavouras, faz interagir grupos de especialistas e induz, de forma compartilhada, a criação de visões de futuro que têm como objetivos desenvolver a biotecnologia agrícola e florestal paranaense.
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Para maiores esclarecimentos entrar em contato pelo telefone (41) 3271-7471 ou pelo e-mail observatorios.rota.biotecagroflorestal@fiepr.org.br
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