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Publicado em 28/01/2015
Novos produtos na área da saúde, a implantação de parques tecnológicos e a expansão para o interior consolidaram o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), nos últimos quatro anos, como referência em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Estado e no país. De 2011 a 2014, a instituição inovou na produção da vacina antirrábica, que já produz há 30 anos, e posicionou seus laboratórios como prestadores de soluções tecnológicas.
O Tecpar formalizou nos últimos anos sua nova unidade de negócios em Ponta Grossa, com o Laboratório de Produção de Medicamentos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Lapmed), oficializando o ingresso do Instituto na produção de medicamentos sintéticos.
Agora, está instalando seu o novo campus, incorporando a estrutura e equipamentos do laboratório farmacêutico existente na UEPG e se preparando para iniciar duas linhas de produção de medicamentos, uma de sólidos e outra de semi-sólidos. A diretoria pretende implantar no Lapmed uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), programa do Complexo Industrial da Saúde para produzir medicamentos e biológicos que atendam às demandas do Ministério da Saúde.
Em Maringá, o Campus Codapar/Tecpar detém o Laboratório de Análises Físico-Químicas, que em 2014 passou a ser comandado em conjunto entre o Tecpar e a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar).
Com a operação conjunta, o faturamento do campus aumentou seis vezes em apenas um semestre devido à ampliação da oferta de soluções tecnológicas da unidade, que, além de realizar análises de fertilizantes, passou a analisar também produtos vegetais, como farinha de trigo, óleos vegetais refinados e produtos derivados da mandioca.
Parcerias
No Campus Tecnoparque, no Parque Industrial de Maringá, está em construção a unidade de Produção de Medicamentos, cujas instalações vão abrigar a produção do Bevacizumabe, utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer e degeneração macular. O funcionamento da unidade se dará por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), programa do Complexo Industrial da Saúde para produzir medicamentos e biológicos, também para fornecimento ao Ministério da Saúde, com previsão de entrega em 2017.
O Tecpar já atua em três PDPs. Além do Bevacizumabe, que será produzido em Maringá, o instituto desenvolve ainda a cola de fibrina, primeiro selante de fibrina obtido por rota biotecnológica, com produção 100% nacional e em desenvolvimento no campus CIC. O Instituto participa também da Rede Cegonha, para a montagem de kits de medicamentos que tratam a mortalidade materna e neonatal.
Nos últimos 75 anos, a atuação do pequeno laboratório que originou o Tecpar se expandiu e hoje coloca a organização como referência no País, com ações nos quatro pilares que sustentam a instituição – Biotecnologia, Empreendedorismo Tecnológico Inovador, Educação e Soluções Tecnológicas.
Biotecnologia
Há mais de 30 anos o Tecpar abastece o Ministério da Saúde com vacinas antirrábicas para cães e gatos. Nos últimos quatro anos, o Instituto deu um novo passo, produzindo a vacina antirrábica pelo método do cultivo celular. Para isso, desenvolveu um processo de perfusão, método inédito que permite a obtenção de uma vacina mais pura e capaz de induzir uma maior produção de anticorpos, sendo mais segura para os animais por não provocar efeitos colaterais.
O primeiro lote de vacina antirrábica produzido pelo Tecpar com o uso desta tecnologia foi entregue em 2014 ao Ministério da Saúde. Essa entrega colocou o Tecpar como o único produtor no mundo a desenvolver esse imunobiológico em escala industrial, com a técnica de perfusão, que aumenta o valor agregado do produto.
Outra novidade registrada entre 2011 e 2014 foi a autorização pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o aumento do prazo de validade da nova vacina antirrábica desenvolvida pelo Tecpar. Até então, o imunobiológico era produzido com prazo de validade de 12 meses, mas estudos internos feitos no instituto constataram que a estabilidade da vacina se matinha inalterada por 24 meses.
Com a autorização do Ministério da Agricultura, a produção do Tecpar com prazo maior garante ao Ministério da Saúde mais segurança para programar o fornecimento de vacinas aos estados e municípios que realizam campanhas de vacinação em todo o país.
Empreendedorismo inovador
Em 2014, a Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec) completou 25 anos de atuação, sendo a primeira incubadora de base tecnológica do Paraná e a quinta do Brasil. Considerada uma das melhores incubadoras do país, tem sede em Curitiba e atuação também em Jacarezinho, no Norte Pioneiro.
A missão da Intec é contribuir para o desenvolvimento econômico e tecnológico regional, por meio de empresas inovadoras de base tecnológica. Ao longo de seus 25 anos, já deu suporte tecnológico a mais de 75 empresas. No momento, seis empresas passam pelo processo de incubação: EngeMOVI, HIT Tecnologia em Saúde, Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Grupo SaaS, 2IM Impacto Inteligência Médica e Beetech.
Desde 2011, a Intec se firmou como modelo para implantação de outras incubadoras e parques tecnológicos. A experiência da incubadora já originou novos negócios no Tecpar nestes últimos quatro anos. Hoje o Tecpar tem três parques tecnológicos, ligados à Agência Tecpar de Inovação – o Parque Tecnológico da Saúde, nas unidades CIC e Araucária; o Parque Tecnológico do Norte Pioneiro (PTNP), em Jacarezinho; e o Parque Tecnológico Virtual (PTV Paraná), plataforma online que cria um parque tecnológico em todo o território paranaense.
O empreendimento em nível mais avançado é o Parque Tecnológico da Saúde, que tem como objetivo atrair empresas com produção voltada para a saúde humana. Com o parque, o Instituto atrai novas atividades de pesquisa, desenvolvimento e produção de bens e serviços inovadores, incentiva a criação de novas empresas de base tecnológica no Paraná e ainda estimula a transferência de tecnologia entre o Tecpar, as entidades e empresas integrantes do Parque Tecnológico.
Uma das exigências para uma empresa se instalar é desenvolver pesquisas e novos produtos em parceria com o Tecpar.
O Parque Tecnológico do Norte Pioneiro, por sua vez, está em fase de consolidação em Jacarezinho. Lá, já foi implementada a Incubadora Tecnológica do Norte Pioneiro, que ajuda a dar sustentação à inovação.
O Parque Tecnológico Virtual, projeto do governo estadual que tem o Tecpar como secretário executivo, é uma plataforma virtual na qual agentes públicos e privados podem interagir em um ambiente comum de gestão e inteligência competitiva. Nela, podem participar instituições de pesquisa, parques, universidades, centros de promoção de empreendedorismo e incubadoras de qualquer município do Paraná. O parque pretende atrair e trabalhar no desenvolvimento e na fixação de empresas de base tecnológica, de todo território paranaense.
Tecpar Educação
O Tecpar Educação, divisão de educação do instituto, lançou em 2014 seu primeiro conteúdo produzido integralmente por especialistas da organização, disponível para usuários de dentro e fora da instituição. O primeiro curso teve como foco capacitar os empreendedores, com a temática do Planejamento Estratégico. A atividade aborda noções básicas sobre o tema e proporciona aos empreendedores e empresários ferramentas e metodologias para a formalização e implementação de ações estratégicas para o negócio.
O Tecpar Educação foi oficialmente lançado em 2013 e desde então funcionou como uma plataforma de educação corporativa na instituição. Colaboradores de todos os setores realizaram cursos de qualificação profissional entre os diversos conteúdos disponíveis na plataforma, que estava sendo operacionalizada em um projeto-piloto até o mês de outubro.
Após a validação da ferramenta, os cursos começam a ser oferecidos também para o público externo, atendendo a espaços não cobertos pelo ensino formal, com capacitações profissionais para atender demandas específicas por qualificação identificadas em empresas, instituições públicas e no mercado em geral. A infraestrutura de laboratórios, a equipe de pesquisadores especializados e o conhecimento gerado nas pesquisas dão a base para a criação do conteúdo oferecido aos alunos externos.
Soluções
As soluções tecnológicas oferecidas pelo Tecpar hoje, consolidadas no mercado nos últimos quatro anos, estão voltadas à engenharia e sistemas inteligentes, à energia, a medições industriais e a ensaios tecnológicos, nas áreas de materiais, de alimentos e de microbiologia, por exemplo.
Uma solução tecnológica é a aplicação de uma tecnologia orientada a satisfazer as necessidades de criação ou modificação de um produto ou processo da empresa. Para tal, essa tecnologia deve estar pronta para ser aplicada no mercado e gerar a solução tecnológica a que se propõe, envolvendo algum nível de adequação às características do produto ou processo do comprador.
Fonte: TECPAR
O Sistema FIEP por meio dos Observatórios SESI/SENAI/IEL produziu em 2005 o estudo intitulado “Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná”. Decorrente deste levantamento, os setores priorizados como alavanca de desenvolvimento para o Estado do Paraná foram contemplados no estudo “Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense”, que na prática elaborou um roadmapping para cada um dos 13 setores industriais estudados.
O projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para o futuro da indústria paranaenseiniciou as atividades nos anos 2009/2010, atendendo primeiramente a cinco setores: metal mecânico, biotecnologia agrícola e florestal, biotecnologia animal, indústria agroalimentar e energia. O principal objetivo da articulação setorial consiste em fornecer informações estratégicas e promover a interação entre representantes de setores portadores de futuro para a concretização das ações previstas em cada roadmapping.
A metodologia da articulação das rotas estratégicas para o futuro da indústria paranaense consiste: (i) na realização de encontros temáticos, (ii) na elaboração de informativos eletrônicos, (iii) no monitoramento do setor industrial e publicação periódica via blogs setoriais (https://www.fiepr.org.br/observatorios/biotec-agricola-florestal/ ), (iv) na aproximação Universidade-Empresa; (v) na intermediação de parcerias, (vi) na promoção de eventos setoriais e (vii) na divulgação de editais de fomento.
A moderação deste trabalho é realizada pela Equipe técnica dos Observatórios Sistema Fiep e conta com a dedicação de um pesquisador especialista na área. A estratégia de articulação deste setor industrial promoveu três encontros grandes envolvendo a mobilização de industriais e pesquisadores do setor.
Para o Roadmapping de Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal, foram criados três grupos de trabalho, com as seguintes temáticas: (i) Centro Paranaense de Articulação de Pesquisa em Biotecnologia; (ii) Rodada de Negócios Tecnológica em Biotecnologia e (iii) Criação de redes em biotecnologia – temática Microalgas. Os grupos de trabalho contam com a participação de muitas instituições e entre elas está Tecpar que atua como um importante colaborador desse projeto.
Para saber mais ou para participar dos Grupos de Trabalho do Roadmapping da Biotecnologia aplicada às Indústrias Agrícola e Florestal entre em contato pelo e-mail observatorios.rota.biotecagroflorestal@fiepr.org.br ou pelo telefone (41) 3271-7471.
Fonte: Observatórios Sistema Fiep
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