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Publicado em 09/06/2014
A palestra âncora para a abertura do segundo dia da I Rodada Biotecnologia Agroindustrial teve como tema “ Redes e parcerias para inovação: a experiência da Natura” e foi ministrada pela Sra. Patricia L. Moreira, gerente científico na Natura Inovação e Tecnologia de Produtos LTDA na área de bioprospecção e desenvolvimento de novos ingredientes vegetais na biodiversidade brasileira. A gerente apresentou a cultura de inovação da empresa, exemplificando com alguns programas de inovação existentes dentro da Natura.
Ao iniciar sua palestra, comentou sobre as parcerias que a Natura possui, sendo 34 parcerias com ICT´s (Instituições de Ciência e Tecnologia), 166 com outras empresas, 5 com ONG´s (Organismos não governamentais) e 21 com especialistas. O investimento da empresa em inovação é aproximadamente 2,8% da receita, o que represente mais de 180 milhões de reais. Segundo Patricia, os trabalhos e as ideias na Natura estão sempre inovando a inovação.
Alguns programas apresentados foram o Qlicar , método utilizado para a avaliação da relação da Natura com seus fornecedores. Derivado deste, criou-se o IQlicar, que possui como objetivo a avaliação do parceiro da inovação com a empresa. Também focado na inovação e acreditando que todos podem contribuir, a empresa criou o cocriando Natura, desenvolvido para receber as ideias das consultoras e dos consumidores finais. Para saber mais sobre este programa assista o vídeo.
Com o objetivo de trabalhar em redes, a gerente compartilhou as experiências do programa denominado Natura Campus. Este visa à promoção de parcerias e conexão em redes para desenvolvimento de novas ideias, conhecimentos, produtos e serviços, fortalecendo e ampliando o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. Clique aqui para conhecer o histórico de Inovação na empresa. Para entender melhor o programa e seus objetivos, assista o vídeo abaixo, utilizado para a chamada do projeto em 2012.
Ao finalizar a palestra, a gerente comentou os números de colaboradores dedicados à inovação na empresa, sendo um número de mais de 280 colaboradores dedicados a este setor. Na pesquisa existem 59 pesquisadores, dentre os quais 60 % possuem no mínimo doutorado. Para a gerente Natura, em uma sociedade conectada, o trabalho em rede é transformador. “Comece pequeno, pense grande e escale rápido” , conclui.
Desta forma, o conteúdo apresentado reforça a metodologia de construção coletiva proposta no projeto Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense.
Seguido da palestra de abertura, foi realizado o talk show para a discussão do tema Conselho de Gestão do Patrimônio Genético. A mesa foi moderada pela Sra. Simone Nunes Nogueira, advogada com experiência na área de direito com ênfase em propriedade intelectual e acesso a biodiversidade. Representando a Indústria, esteve presente a Sra. Ana Cláudia Peluso, gerente de assuntos regulatórios da empresa Novozymes e como representante da pesquisa, o professor pós-doutor em genética , João Lúcio de Azevedo da Universidade de São Paulo. Também fizeram parte da discussão a Sra. Cláudia Magioli, coordenadora geral de patentes do INPI das áreas de biotecnologia, agroquímica, alimentos e cosméticos e o Sr. Marcos Julius Zanon, gerente e fundador da agência paranaense de propriedade industrial (APPI) do TECPAR.
O acesso ao patrimônio genético é a atividade realizada sobre o Patrimônio Genético com o objetivo de isolar, identificar ou utilizar informação de origem genética ou moléculas e substâncias provenientes do metabolismo dos seres vivos e de extratos obtidos destes organismos. Segunda Simone, para que isto ocorre são necessários três tipos diferentes de autorizações, sendo elas a autorização para a pesquisa cientifica, para a bioprospecção e para o desenvolvimento tecnológico. Para maiores informações e esclarecimentos sobre o CGEN acesse o documento do Ministério do Meio Ambiente.
Na visão do pesquisador João Lúcio, as regulamentações e acesso ao patrimônio genético estão melhorando comparado com o passado e isto auxilia o desenvolvimento da das pesquisas. Para Ana Cláudia, a grande dificuldade encontrada na indústria é o contrato de repartição de benefícios, um entrave para a utilização do patrimônio genético.
A coordenadora do INPI explica que não é este o órgão responsável pelo acesso e que quando as patentes são enviadas ao instituto, existe o questionamento para se entender se as autorizações de acesso já foram efetuadas. Em relação as patentes, Claudia afirma que de todas as são depositadas, apenas 15% são concedidas..
Ao final da discussão, a moderadora questionou os convidados sobre o Protocolo de Nagoya, o qual trata do “Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização”. Isso significa que ele estabelece um tratado sobre a biodiversidade no qual as nações passam a reconhecer o direito de cada país sobre a sua riqueza natural. O documento tem como uma de suas principais funções definir as bases para o uso dos conhecimentos associados à biodiversidade, como descobertas e pesquisas nas áreas farmacêutica, alimentícia e industrial. Os integrantes da platéia também tiveram a oportunidade de interagir com os especialistas no tema.
Atendendo ao fator crítico Articulação entre os Atores, presente nas quatro visões de futuro do Roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal a I Rodada Biotecnológica proporcionou fóruns de discussões voltados aos temas prioritários. O Conselho de Gestão do Patrimônio Genético é uma temática atual e de grande relevância para a biotecnologia agrícola e florestal. Além disso, as Rodadas de Negócios que ocorreram no período da tarde atende a ação estruturante de organizar rodadas de negócios em eventos técnicos-científicos para aproximar pesquisadores e responsáveis estratégicos da indústria, presente também nas visões deste Roadmapping.
O evento contou com os seguintes apoios – patrocinadores: CNPq, Sistema FIEP, Fitogen, Impextraco, Nutrimental, e instituições colaboradoras e apoiadoras: Sindirações, Embrapa Florestas, UEM, NIT-UEM, UFPR, Agência de Inovação da UFPR e da UTFPR
Realização: Sistema Fiep e CNPq
Apoio:
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