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Publicado em 10/06/2016
A indústria de alimentos busca propostas de produção a baixo custo, com alimentos nutritivos e de conveniência, além de atender aos requisitos sensoriais e de marketing. Com o maior acesso à informação por parte dos consumidores, a demanda por alimentos funcionais e “naturais” tem aumentado. Esses produtos são projetados para a promoção da saúde, devido aos compostos bioativos que devem estar presentes ou serem adicionados às formulações tradicionais. No entanto, esse campo, apesar de ser foco de inúmeras pesquisas, apresenta lacunas de ordem tecnológica, fisiológica e legal, dentre outras.
Os processos biotecnológicos são promissores para obtenção de insumos e compostos bioativos porque os micro-organismos são hábeis em produzir quantidades significativas de componentes diversos, independentes de fatores climáticos e com baixo impacto ambiental.
A Spirulina platensis pode ser uma fonte alternativa de proteínas, com alta digestibilidade com perfil similar ao recomendado pela FAO. Esta cianobactéria vem sendo consumida em vários países e é classificada como GRAS (generally recognized as safe). Os diversos compostos bioativos sintetizados apresentam propriedades terapêuticas diversas. Este micro-organismo apresenta crescimento rápido, sendo de fácil cultivo e separação.
O enriquecimento de alimentos como massas, bolos, pães, biscoitos, cookies, sonhos, sopas e biofilmes comestíveis mostraram-se viáveis, mas requerem estratégias de marketing para a comercialização. Assim, essa é uma alternativa interessante, além do uso da biomassa como suplemento alimentar.
Nesse sentido, esta publicação aborda aspectos gerais da obtenção de Spirulina platensis, comrelatos de estudos em que se buscaram desenvolver formulações enriquecidas de alimentos aplicando Spirulina platensis produzida na Universidade de São Paulo - Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica e na Universidade Estadual de Maringá - campus de Umuarama ou também adquiridas no comércio. Os resultados têm se mostrado promissores, evidenciando a viabilidade dessa aplicação. Os estudos têm sido desenvolvidos com uma equipe da Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Ponta Grossa com parcerias.
Sobre a Autora:Eliane Dalva Godoy Danesi
Engenheira de Alimentos pela Universidades Federal de Viçosa com mestrado em Tecnologia Química pela Universidade Federal do Paraná, doutorado e pós-doutorado em Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica da Universidade de São Paulo em Fermentações. Professora Associada da Universidade Estadual de Ponta Grossa no Departamento de Engenharia de Alimentos. Participante dos Grupos de Trabalho da Articulação das Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense - Rota de Biotecnologia Agrícola e Florestal e Rota Agroalimentar.
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