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Publicado em 30/08/2016
De acordo com o levantamento, os brasileiros compreendem a importância da tecnologia para a saúde mas, em
contrapartida, desconhecem seus benefícios para a agricultura
Levantamento inédito feito pelo IBOPE
Conecta e encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) revela que o público não
relaciona a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico no agronegócio.
Segundo dados da pesquisa, embora 84% dos entrevistados avaliem que a ciência contribui para a cura de doenças
e 51% entendem sua importância para o desenvolvimento de novos medicamentos, apenas 23% das pessoas acreditam que o
conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. Esse dado contrasta com o relevante papel do
Brasil como provedor de alimentos, fibras e combustíveis. Segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU), em 2050 teremos 9 bilhões de pessoas no mundo e a biotecnologia agrícola tem se mostrado importantíssima
para elevar a produtividade necessária de maneira sustentável, ou seja, sem que haja aumento considerável
de terras agrícolas.
Apesar disso, as sementes transgênicas, cuja adoção no Brasil
cresce sistematicamente em virtude de seus benefícios agronômicos, já são compreendidas, em parte,
pela população. O IBOPE Conecta apurou que 80% das pessoas responderam corretamente ao serem questionadas sobre
o que é um transgênico. Entretanto, a relação desses produtos com a ciência não é
tão clara uma vez que, embora os estudos atestem a biossegurança dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM),
ainda existe uma parcela significativa da população que acredita que eles são pouco testados (44%), fazem
mal (33%) e causam reações alérgicas (29%).
A pesquisa mostra também que muitas pessoas
desconhecem fundamentos biológicos básicos: 73% dos entrevistados se mostraram preocupados com o consumo de
molécula de DNA, o que é um equívoco, já que todos os seres vivos (vegetais ou animais) possuem
código genético, independentemente da transgenia.
A pesquisa foi realizada pela plataforma
Conecta do IBOPE Inteligência e teve como amostragem 2011 homens e mulheres a partir de 18 anos, das classes A, B e
C, de todas as regiões do país, que não trabalham com biotecnologia ou em áreas correlatas.
Outros resultados do levantamento:
As principais fontes de informação sobre ciência
são a internet e programas de TV.
80% dos entrevistados sabem o que são transgênicos.
Nenhum
dos participantes enumerou corretamente quais são as culturas geneticamente modificadas (GM) disponíveis no
Brasil. Soja e milho são os alimentos mais citados. A resposta correta, soja, milho e algodão, é mencionada
por apenas 11% dos entrevistados, mas eles também acrescentam outros produtos na lista, como trigo e tomate, que não
possuem versões geneticamente modificadas (GM) no mercado.
A maioria (73%) dos entrevistados afirmou já ter consumido algum alimento transgênico. Dos 27% que disseram
que não consomem ou não sabem, 59% se mostrou aberto ao consumo desse tipo de alimento.
Características
positivas dos transgênicos são as mais mencionadas pelos entrevistados. A resistência a pragas foi corretamente
lembrada por 77% da amostra e o aumento de produção por 73%. 61% também atribuiu a essas plantas uma
característica que elas não têm: maior durabilidade. Por outro lado, apesar de os estudos científicos,
testes e análises de biossegurança insistirem que esses alimentos são seguros, ainda existe uma parcela
da população que acredita que eles são pouco testados (44%), fazem mal (33%) e causam reações
alérgicas (30%).
33% das pessoas concordam total ou parcialmente que os transgênicos são mais ricos
em vitaminas. Porém, até hoje, não existem transgênicos aprovados com essas características.
O conhecimento quanto à composição dos alimentos consumidos também foi testado. Enquanto a maioria
dos respondentes sabe que, ao se alimentar, consome vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras e fibras, apenas 17% entende
que também consome DNA.
A maioria dos entrevistados demonstra preocupação ao consumir molécula de DNA (73%). Entre aqueles
com maior interesse em ciência o percentual de preocupados é maior (73%) do que entre os desinteressados (57%).
O dado surpreende, visto que todos os seres vivos possuem DNA.
Sobre o CONECTA
CONECTA é a plataforma
web do IBOPE Inteligência, organização do Grupo IBOPE. Seu foco está na fusão do melhor
da pesquisa online tradicional, tecnologia para gestão de painéis online – CONECTAí – e soluções
interativas e inovadoras de marketing digital. www.conecta-i.com
Sobre o CIB
O Conselho de Informações
sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não governamental, cuja
missão é atuar na difusão de informações técnico-científicas sobre biotecnologia
e suas aplicações. Na Internet, você pode nos conhecer melhor por meio do site www.cib.org.br e
de nossos perfis no Facebook, no Twitter e no Youtube.
Fonte: Maxpress
O Roadmapping da Biotecnologia aplicada às Indústrias Agrícola e florestal, vislumbrando a importância da biotecnologia, faz interagir grupos de especialistas e induz, de forma compartilhada, a criação de visões de futuro que têm como objetivos desenvolver a biotecnologia agrícola e florestal paranaense.
A visão de futuro para a Indústria Agrícola e Florestal como referência a genética e melhoramento vegetal tem a biotecnologia como principal vetor de desenvolvimento de novos produtos e processos. O reconhecimento na área demanda investimentos em pesquisa em biotecnologia aplicada à genética e melhoramento vegetal.
Diante disso, os Observatórios do SESI/SENAI/IEL desenvolve grupos de trabalhos que envolvem pessoas com amplo conhecimento e vivência na área de biotecnologia que tem como objetivo expandir esse setor industrial no Paraná.
Para maiores esclarecimentos entrar em contato pelo telefone (41) 3271-7471 ou pelo e-mail observatorios.rota.biotecagroflorestal@fiepr.org.br
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