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Publicado em 03/05/2016
As microalgas tem sido foco de muitos estudos nos últimos anos tendo em vista sua grande aplicabilidade na indústria de alimentos e farmacêutica, nas áreas da biomedicina e ambiental e devido as suas aplicações ambientais que incluem a remoção de matéria orgânica e metais tóxicos de efluentes.
De acordo com a Seab, o rebanho paranaense de suínos é de 6.394.300 cabeças, representando 16,9% do total nacional. O Paraná, em 2014 ultrapassou Santa Catarina (16,3%) e o Rio Grande do Sul (16,1%), tornando-se o maior rebanho de suínos do Brasil na época. No entanto, a produção de suínos, em função da alta concentração dos rebanhos, gera uma grande quantidades de dejetos podendo dessa maneira exceder a capacidade de absorção dos ecossistemas locais, sendo causa potencial da poluição.
Estudos com microalgas comprovaram que elas podem ser utilizadas com grande eficiência no tratamento desses efluentes. Como as microalgas se alimentam justamente dos nutrientes presentes nos dejetos, elas têm a capacidade de tornar mais eficientes os sistemas de tratamento instalados no campo.
Mas o ganho não é só ambiental. Segundo especialistas e integrantes do Grupo de Trabalho (GT) Criação de Redes em Biotecnologia _ Temática microalgas (para saber mais sobre o GT, clique aqui), o que deve revolucionar a forma como os dejetos suínos são vistos é o uso posterior da biomassa de microalgas gerada a partir dos resíduos da produção.
A biomassa gerada poderá ter inúmeras aplicabilidades, como exemplos pode-se citar o seu uso em fertilizantes orgânicos, na nutrição humana e animal, em medicamentos, nutracêuticos e bioquímicos, na geração de biodiesel e também na geração de biogás, pois após limparem a água do sistema, elas podem ser introduzidas no interior de biodigestores para aumentar a sua capacidade de geração.
O GT credita que barreiras devam ser superadas em relação ao uso de microalgas em dejetos suínos para que se abram muitas oportunidades para a suinocultura e assim o dejeto de suíno deixe de ser uma problema ambiental e passe a ser cobiçado como um atrativo econômico.
Diante disso, o GT vem trabalhando no desenvolvimento de um projeto multidisciplinar para intensificar o uso de microalgas na remoção de nutrientes de efluentes da suinocultura e no aproveitamento do potencial dessas microalgas para diversos usos, a fim de consolidar o uso desses micro-organismos e atrair investidores para o estado do Paraná.
Essa é uma iniciativa pioneira que poderá trazer diversos benefícios ao estado como a viabilização de parcerias em projetos de inovação tecnológica, melhorias ambientais e o aumento da competitividade das indústrias e da suinocultura paranaense.
Como parte da implementação desse projeto, no dia 05 de abril, os integrantes do GT foram conhecer as instalações do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (NDPDEAS) da UFPR, localizado dentro do Centro Politécnico no Bairro Jardim das Américas - Curitiba - Paraná - Brasil.
O NDPDEAS, desde 2007, desenvolve pesquisas com microalgas e aplica as soluções em escala de engenharia, mantendo um pátio industrial operacional para produção de biomassa de microalgas em grande quantidade.
A infraestrutura conta com mais de 800 m2 e é constituída basicamente de três unidades: 1) Unidade de Biotecnologia, 2) Unidade de Engenharia e 3) Unidade de Biodiesel. Mantém um pátio industrial com Fotobiorreatores Tubulares Compactos em escala industrial. Os fotobiorreatores patenteados possuem 12m3 de capacidade, 3,5 km de tubos transparentes, e ocupam apenas uma área de 10 m2 cada um.
Os projetos desenvolvidos pelo NDPDEAS incluem as áreas de:
Para melhores esclarecimentos entrar em contato pelo telefone (41) 3271-7471 ou pelo e-mail observatorios.rota.biotecagroflorestal@fiepr.org.br
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