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Publicado em 24/03/2014
Qual o impacto das mudanças climáticas para a biodiversidade e como se adaptar a eles, reduzindo seus impactos ou eliminando-os? Essas são as principais questões que uma recém-lançada chamada pública de apoio a projetos procura responder. Promovida em conjunto pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), ela disponibilizará R$ 5 milhões para projetos com esses focos, realizados por instituições paulistas e que tenham duração de até 48 meses. Projetos de instituições de outros estados, em parcerias com instituições paulistas também serão contemplados.
As inscrições podem ser feitas até 11 de abril por meio do site www.fapesp.br e a seleção das propostas será realizada por análises de mérito e comparativas. A chamada pública tem dois focos principais: um que abrange cenários climáticos futuros e seus impactos sobre a biodiversidade; e outro relacionado ao monitoramento de espécies do chamado Lagamar e seus habitats, incluindo ambientes continentais e marinhos, considerando suas variáveis climáticas.
Estuário de vida marinha é região prioritária
Conhecido como Lagamar, o Complexo Estuarino-Lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá será priorizado, sendo que o objetivo da chamada pública é selecionar pesquisas realizadas em seu interior e área de entorno. Considerado um dos maiores berçários de vida marinha do mundo, o Lagamar localiza-se entre o litoral sul de São Paulo e o litoral paranaense, em uma região que abriga o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do país. Sua importância biológica levou o Ministério do Meio Ambiente (MMA) a criar, em 1996, o Mosaico de Áreas Protegidas do Lagamar, que prevê a gestão integrada de suas unidades de conservação.
Desse modo, a chamada pública contribui para a complementação dos esforços públicos de conservação do bioma mais ameaçado do país, em uma região próxima ao maior aglomerado urbano brasileiro e com elevada importância para a biodiversidade. Em São Paulo, 19 unidades de conservação estão entre as que serão priorizadas na chamada pública, enquanto no Paraná são 26, incluindo a Reserva Natural Salto Morato, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) mantida pela Fundação Grupo Boticário.
Incentivo à pesquisa
O aporte financeiro de R$ 5 milhões foi viabilizado a partir de uma contrapartida de 50% de cada uma das instituições. A Fundação Grupo Boticário é uma das principais apoiadoras de projetos de conservação da natureza, ligada à iniciativa privada, do país – já tendo apoiado 1.377 projetos em todo o Brasil. A Fapesp, criada em 1962, é uma das principais agências brasileiras de fomento à pesquisa. Mantida pela transferência de 1% das receitas tributárias do estado de São Paulo, em 2013 a instituição investiu R$ 1,1 bilhão para o apoio a projetos de pesquisa.
Para o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, a iniciativa conjunta contribui para tornar efetiva a aplicação de resultados. “Com essa chamada pública, pretendemos somar esforços para intensificar pesquisas em biodiversidade e clima, buscando projetos de alto impacto científico. Aliando o financiamento estatal ao privado, podemos intensificar o apoio a pesquisas de alta qualidade”, afirma Brito.
A diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes explica que a chamada pública contribuirá para ampliar os impactos das ações de conservação na região, relacionadas às mudanças climáticas. “Nosso objetivo é que os projetos apoiados gerem conhecimentos que subsidiem ações e estratégias de adaptação às mudanças climáticas na região do Lagamar, garantindo resultados efetivos na proteção de espécies e ecossistemas”, afirma.
As pesquisas apoiadas contribuirão para o que o país conheça mais a biodiversidade do Lagamar, além de indicarem importantes ferramentas e estratégias para a proteção de espécies e áreas naturais, no que se refere à questão climática. As inscrições para a chamada pública podem ser feitas até 11 de abril por meio do site www.fapesp.br.
Fonte: Fundação Grupo Boticário
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