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Estudo do Sistema Fiep propõe ações para desenvolver a biotecnologia no Paraná

Publicado em 29/05/2019

O Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) lançou em Curitiba, o Roadmap Biotecnologia 2031. O estudo, que faz parte do projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, que aponta as principais ações necessárias para o desenvolvimento industrial sustentável do Estado. O evento de lançamento reuniu especialistas da área, representando empresas, universidades, centros e institutos de pesquisa, governo e instituições afins.

"Grande riqueza desse trabalho está na construção coletiva. Temos esse material construído a várias mãos. São 453 ações a serem feitas, que devem ser tiradas do papel. Agora cabe a todos os profissionais e instituições da área transformar em realidade as linhas de futuro traçadas no Roadmap", afirmou o gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Fiep, João Arthur Mohr.

Logo após o lançamento os convidados conferiram três talk shows. O vice-presidente da Novozymes para a América Latina, Pedro Luiz Fernandes, discorreu sobre a história da biotecnologia. "Há alguns anos, quando falávamos em biotecnologia as pessoas insistiam na palavra tecnologia. Com o passar do tempo ela cresceu. Ela não é a solução para resolver as mazelas do mundo, mas uma das soluções", afirmou durante apresentação. Também ressaltou que todos devem se atentar à regulamentação da lei de propriedade intelectual, à lei de biodiversidade e à lei de biossegurança.

O Coordenador das Ações de Prospecção - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Carlos Augusto Gadelha, defendeu a importância de se olhar para o setor de saúde. "Se tratarmos a saúde como sistema econômico ela ocupa 9% do Produto Interno Bruto (PIB), gera hoje 7 milhões de empregos diretos no Brasil. Se inserirmos a biotecnologia como um dos carros-chefes para puxar a economia, ao mesmo tempo que estamos cuidando de uma demanda da sociedade, estamos estimulando o mercado", afirma.

A importância de investimento na área, os ativos do Estado e a estrutura para a formação de profissionais de biotecnologia de alto nível foram os principais temas da apresentação de Carlos Ricardo Soccol, chefe do Departamento de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Se não houver uma preocupação grande do nosso governo, de investimento maciço em pesquisas na área, nós seremos condenados a produzir matéria-prima com pouco valor agregado", afirmou durante o talk show.

Ao fim das atividades, todos foram convidados a priorizar as ações que serão objeto da governança do projeto e que definirão os esforços conjuntos rumo a construção do futuro desejado.

 Roadmap Biotecnologia 2031

O documento foi construído com a colaboração de mais de 136 especialistas da iniciativa privada, poder público, academia e entidades ligadas à área. Ele apresenta as visões de futuro, fatores críticos de sucesso, ações a curto, médio e longo prazos, bem como tendências e tecnologias-chave para a área. "São muitos desafios, mas também muitas oportunidades que as indústrias ligadas a biotecnologia têm pela frente", comenta Ariane Hinça Schneider, coordenadora do Observatório Sistema Fiep.

Entre os aspectos priorizados pelos especialistas destacam-se:

- Criação de uma agenda convergente das iniciativas públicas e privadas sobre biotecnologia aplicada ao agronegócio;

- Ampliação de fomento de incubadoras e startups relacionadas ao desenvolvimento de biotecnologia aplicada à saúde;

- Ampliação de eventos técnicos para a promoção da interação entre atores da área de biotecnologia voltados ao meio ambiente;

- Ampliação de parcerias público-privadas para ofertas de bolsas para graduação e pós-graduação em pesquisas aplicadas às necessidades do setor produtivo.

Dentre os países do G7 e Brics, o Brasil tem o quarto maior número de empresas do setor de biotecnologia, direcionadas principalmente à atividade de saúde humana. Desse montante, apenas 30% são pequenas empresas, diferenciando o Brasil do cenário predominante em outros países do mundo.

A maior parte dessas empresas está concentrada nas Regiões Sul e Sudeste.  O Paraná é o quinto Estado com maior número de empresas na área de biotecnologia, sendo mais de 80% delas dedicada a área alimentar.

Nacionalmente cerca de 63% das empresas aplicam algum tipo de inovação, já no Paraná este número cai para 26%. Mesmo assim o Paraná é o segundo Estado que mais exporta produtos biotecnológicos, ficando atrás apenas de São Paulo.  

Visão de futuro

Durante o trabalho de elaboração do Roadmap, os especialistas levantaram os fatores-críticos, as tecnologias-chave já estabelecidas ou que precisam ser implantadas e 453 ações que devem ser realizadas - em curto, médio e longo prazo necessárias - para o desenvolvimento da área no Paraná. A visão de futuro proposta no documento "Referência em soluções biotecnológicas integradas, inovadoras e sustentáveis", almeja colocar o Paraná em um patamar de excelência em biotecnologia, contemplando os segmentos do agronegócio, da saúde e do meio ambiente.

Sobre o projeto

As Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense fazem parte de um amplo trabalho prospectivo conduzido pelo Observatório Sistema Fiep desde 2004. Elas decorrem de outro estudo, que identificou os Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná, servindo para traçar os caminhos para que cada área indicada como potencial se desenvolva.

Em 2016, com o fim do primeiro ciclo de prospectiva, foi realizado um novo processo de identificação de Setores Portadores de Futuro, para o qual será necessário rever as Rotas Estratégicas existentes e construir outras para novos segmentos e áreas promissores. Biotecnologia, área estratégica para o Paraná, está contemplada no novo ciclo de prospectiva.

Acesse o Roadmap Biotecnologia 2031 pelo link: bit.ly/rotas2031

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