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Publicado em 11/11/2015
Um estudo feito pelo Governo do Paraná definiu seis setores prioritários para atração de investimentos
ao Estado nos próximos anos. A ideia é reforçar segmentos em que o Paraná já tem presença
forte e também desenvolver mercados com potencial tecnológico, de geração de valor agregado e
emprego.
Os setores estratégicos são Tecnologia da Informação e Eletroeletrônico,
Tecnologia da Agroindústria, Saúde e Beleza, Automotivo e Transporte, Areoespacial e Defesa, e Energia.
"Em 2011 nós lançamos o Paraná Competitivo, programa de atração de investimentos
baseado em vetores como geração de emprego e tecnologia e preservação do ambiente. Agora estamos
dando um passo adiante em nossa política de desenvolvimento econômico, ao formular um plano direcionado a segmentos
de alta tecnologia, nos quais temos grandes vantagens comparativas em relação a outros estados, ou mesmo outros
países, como expertise, recursos materiais abundantes, infraestrutura e localização estratégica",
explicou o governador Beto Richa.
O Paraná Competitivo, lembrou Richa, cria mais de 180 mil empregos
em curto e médio prazo. Agora, neste novo projeto, o Estado pensa mais a médio e longo prazos.
DIAGNÓSTICO - O Estado desenvolveu um plano estratégico, por setor, para atração de investimentos,
segundo Adalberto Netto, presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD), do Governo Estadual.
“É preciso ter em mente que precisamos gerar empregos de alto valor para as futuras gerações,
para não corrermos o risco de perder a mão de obra especializada e qualificada para outros Estados”, afirma.
Um diagnóstico feito pela APD aponta para a necessidade de o Paraná aproveitar a sua alta competitividade
para atrair investimentos de maior complexidade econômica. “O Estado precisa completar sua transformação
industrial. Hoje o Paraná tem uma produção basicamente de média e baixa complexidade”, diz.
Quanto mais sofisticado o produto, como aviões, máquinas, computadores, mais complexa e próspera a sua
economia.
“Precisamos aproveitar o que temos de melhor, que é a mão de obra qualificada,
a infraestrutura, a logística e o acesso aos grandes mercados consumidores e um bom diálogo com o setor privado
para atrair esse tipo de investimento”, diz.
PARANÁ COMPETITIVO – O Paraná é
um dos Estados que mais atraem investimentos produtivos no País. Desde 2011, já recebeu R$ 40 bilhões
em investimentos de empresas privadas e estatais, com a criação de 99 mil empregos, por meio do programa de
incentivos Paraná Competitivo.
O Estado é considerado o terceiro mais competitivo do País
– atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro -, de acordo com o ranking da consultoria britânica
Economist Intelligence Unit. O levantamento leva em conta oito categorias decisivas para a realização de negócios
como ambiente político, econômico, regime tributário e regulatório, política para investimentos
estrangeiros, recursos humanos, infraestrutura, inovação e sustentabilidade.
AÇÕES
-Além de fazer o diagnóstico da atual situação dessas cadeias produtivas, a APD prepara estudos
para guiar ações para o desenvolvimento, que envolvem desde capacitação de mão de obra
e criação de novos cursos universitários até rodadas de visitas a possíveis investidores.
Além disso, negocia com instituições financeiras internacionais parcerias com a Fomento Paraná
para apoio a investimentos.
O Paraná já tem uma base consolidada na maioria dos setores incluídos
no plano estratégico, mas a ideia é adensar a produção.
AUTOMÓVEIS E TRANPORTE
- No setor automotivo, o Estado já é o terceiro maior polo do País, atrás de São Paulo
e Minas Gerais. Atualmente são cerca de mil indústrias ligadas à produção automotiva e
de transporte no Estado, que responderam por 11% da produção nacional em 2014, de acordo com a Associação
Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
“Nesse segmento, a mão de obra
paranaense é três vezes mais competitiva do que a dos outros Estados. É um segmento estratégico”,
diz Adalberto Netto.
SAÚDE E BELEZA – A intenção é atrair novas empresas
e investidores também para o setor de saúde e beleza. O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor
de produtos de beleza do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. O faturamento do setor foi de R$ 101 bilhões
em 2014, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(Abihpec). O Paraná gera 6% da receita do setor no País.
Segundo Marina Sperafico, assessora
técnica da APD, uma das vantagens da indústria da beleza é que ela é menos suscetível aos
efeitos da crise econômica e vem apresentando taxas de crescimento elevadas nos últimos anos. Dados da Abihpec
mostram que nos últimos 19 anos, o setor registrou crescimento real (já descontada a inflação)
de 10%.
AEROESPACIAL E DEFESA - O Paraná assinou um acordo com a fabricante de aeronaves russa Irkut
para implantar em Maringá unidades de fabricação de peças e partes de aeronaves e centros de operação
para atender o Brasil e a América Latina. A Irkut vai funcionar como uma espécie de “âncora”
para atrair novos investimentos no setor. Entre as propostas está a criação de um curso de engenharia
aeronáutica e de mecatrônica aplicada na Universidade Estadual de Maringá (UEM) para formar mão
de obra especializada para as indústrias do setor. Uma parte da rede de fornecedores do setor automotivo também
pode vir a integrar essa cadeia de produção.
TECNOLOGIA DA AGROINDÚSTRIA – Considerado
um dos setores mais competitivos do Paraná e com uma participação de 30% na economia paranaense, o agronegócio
é considerado prioritário para investimentos, com enfoque principalmente em inovação. O objetivo
é desenvolver a área de biotecnologia.
ENERGIA – Maior gerador de energia do País
e dono do 43% do potencial energético do Sul do País, o Estado quer atrair novos projetos, principalmente na
área de energia renovável e novas tecnologias. Entre os alvos estão biomassa e energia solar.
TI e ELETROELETRÔNICOS - Com mão de obra qualificada disponível, o setor de Tecnologia de Informação
(TI) é outro estratégico para investimentos no Estado. As regiões de Curitiba, Londrina e Pato Branco,
se consolidaram no desenvolvimento de empresas do setor. O Paraná responde por 10% do faturamento do setor de TI no
Brasil e 7,4% do número de empregados. De acordo com Adalberto Netto, o Governo do Paraná prepara uma nova lei
para conceder benefícios para desenvolvimento de TI na área de e-commerce. “Duas líderes mundiais
do setor estão negociando sua instalação no Estado”, afirma.
Fonte: ANP
O Sistema FIEP por meio dos Observatórios SESI/SENAI/IEL produziu em 2005 o estudo intitulado “Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná”. Decorrente deste levantamento, os setores priorizados como alavanca de desenvolvimento para o Estado do Paraná foram contemplados no estudo “Rotas Estratégicas para o Futuro da IndústriaParanaense”, que na prática elaborou um roadmapping para cada um dos 13 setores industriais estudados.
O projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para o futuro da indústria paranaense
iniciou as atividades nos anos 2009/2010,atendendo primeiramente a cinco setores: metalmecânico,
biotecnologia agrícola e florestal, biotecnologia animal, indústria agroalimentar
e energia.
O principal objetivo da articulação setorial consiste em fornecer informações
estratégicas
e promover a interação entre representantes de setores portadores de futuro para a concretização
das ações previstas em cada roadmapping.
A metodologia da articulação das rotas estratégicas para o futuro da indústria
paranaense consiste: (i) na realização de encontros temáticos, (ii) na elaboração
de
informativos eletrônicos, (iii) no monitoramento do setor industrial e publicação periódica
via blogs setoriais , (iv) na promoção de interação entre Universidade-Empresa; (v)
na intermediação de parcerias, (vi) na promoção de eventos setoriais e (vii) na divulgação
de editais de fomento.
A moderação deste trabalho é realizada pela Equipe técnica dos Observatórios
SESI/SENAI/IEL, conta com a dedicação de um pesquisador especialista na área. A estratégia
de articulação deste setor industrial promoveu encontros envolvendo a mobilização de
industriais e pesquisadores do setor. O grupo definiu uma atuação por fatores críticos de sucesso
para a concretização das visões de futuro para o setor com o objetivo de acelerar a proposição
e execução de projetos com vistas a consolidar as ações propostas no Roadmapping
de Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal.
Para maiores informações entrar em contato por telefone (41) 3271-7471 e/ou pelo e- mail observatorios.rota.biotecagroflorestal@fiepr.org.br
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