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Publicado em 26/11/2014
Leia o artigo publicado no mês de novembro de 2014 do jornal Correio Braziliense, escrito pelo Presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. Entenda como a ciência está contribuindo com o desenvolvimento do nosso país.
"Muito conhecimento está sendo produzido no Brasil". A conclusão é da empresa Thomson Reuters, detentora da maior base de dados sobre artigos científicos em todo o mundo. O ranking dos maiores produtores globais de ciência, calculado por essa instituição e recentemente divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, aponta que o Brasil deu um salto expressivo nos últimos 20 anos. Saímos da 24ª posição em 1993 e chegamos ao 13º posto em 2013. De 5.457 artigos científicos indexados, saltamos para 42.931, um avanço de quase 800%. Medicina e agricultura foram os nossos carros-chefe, com 34.957 e 33.113 artigos, respectivamente, publicados nos cinco anos entre 2008 e 2012.
Colleen Shay, especialista em inovação da Thomson Reuters, atribuiu o avanço ao número crescente de estudantes brasileiros que fazem pós-graduação e passam a contribuir para a ampliação da base de conhecimento do País. Ela considera que estamos em condição privilegiada para produzirmos ciência com qualidade crescente e para avançarmos na transformação de conhecimento em inovação.
Este notável avanço quantitativo da ciência brasileira nos dá capacidade para novos saltos. O Brasil não pode investir em ciência apenas para ampliar o estoque de conhecimento da humanidade. É preciso investir mais em ciência para produzir mais desenvolvimento, com ênfase em transformação de conhecimento em inovações e progresso para a sociedade. Diante disso, é preciso também priorizar setores nos quais existem evidentes vantagens competitivas - como a agricultura e a bioeconomia.
E podemos ganhar tempo compartilhando mais responsabilidades entre os setores público e privado. O investimento brasileiro em pesquisa e inovação chegou a 1.74% do PIB em 2012, com participações dos setores público e privado perfazendo 60% e 40%, aproximadamente. A China caminha célere para alcançar 2.0% do seu gigantesco PIB destinado à pesquisa e inovação, com grande estímulo ao crescimento da participação das empresas.
Na verdade, a intensificação das parcerias público-privadas no mundo da inovação é algo inexorável. As empresas privadas se aproximam das universidades, como forma de ampliar sua base de conhecimento e reduzir os custos iniciais no processo de inovação. O modelo de inovação aberta vai se tornando mais disseminado. Através dele parceiros e até competidores combinam seus ativos tecnológicos para alcançar o mercado com maior rapidez e eficiência.
Além do constante investimento na melhoria da qualidade e na agenda de prioridades da nossa ciência, precisamos também compreender e responder aos novos paradigmas que orientam pesquisa e inovação no mundo moderno. O século XXI começou marcado por forte integração e convergência entre as ciências tradicionais. Essa mudança resulta na criação de novas correntes científicas e tecnológicas e em novas formas de se compreender a complexidade do mundo natural. Leia mais aqui.
Atividades Observatórios SESI/SENAI/IEL - Rota Biotecnologia Agrícola e Florestal no ano de 2014
A inovação e a pesquisa como fator de desenvolvimento da indústria em diversos setores é um assunto bastante discutido atualmente para todos os setores industriais. Desta forma, busca-se também aproximar empresas e instituições de pesquisa, com a intenção de aumentar a competitividade e o avanço da inovação tecnológica da indústria. Para setor de biotecnologia esta é uma estratégia de grande importância e que pode alavancar o desenvolvimento do setor no país.
No ano de 2014 a Rota Estratégica em Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal, a qual também faz parte do projeto Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense, buscou concretizar algumas ações que contribuíssem para o desenvolvimento de setor de biotecnologia no estado do Paraná.
A I Rodada de Intercâmbio Tecnológico foi realizada no dia 01 de abril (terça- feira) no Campus da Indústria, em Curitiba, e contou com a parceria da Itaipu Binacional – CIBiogás. Esta foi uma estratégia definida pelo grupo de articulação Centro Paranaense de Articulação de Pesquisa em Biotecnologia, o qual tem por objetivo fomentar e desenvolver pesquisa em biotecnologia atendendo a demanda do setor. Busca-se aproximar as diferentes demandas de P&D&I do Setor Produtivo, com o conhecimento e as pesquisas desenvolvidas por Universidades e Centro de Pesquisa, criando um ambiente para que parcerias e cooperações possam se concretizar.
Nos dias 04 e 05 de junho foi realizada a primeira Rodada Biotecnológica Agroindustrial, no Campus da Indústria, Curitiba, Paraná. Este projeto foi fruto do trabalho conjunto do grupo de articulação “Rodada Tecnológica Universidade-Empresa”, da Rota Estratégica em Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal com a Rota de Biotecnologia Animal, a qual também faz parte do projeto Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense. O objetivo do evento foi a organização de uma rodada tecnológica, entre universidades e empresas que atuam na área de biotecnologia aplicada à agricultura, florestas ou nutrição animal.
No segundo semestre deste ano, o grupo “Criação de uma Rede em Biotecnologia com foco em microalgas” decidiu dedicar-se à organização do talk show " Microalgas e seus bioprodutos" que ocorreu dentro da programação da INOVATEC Curitiba 2014. A atividade aconteceu no dia 16 de setembro, no Campus da Indústria. Em atendimento ao fator crítico P & D, Tecnologia & Inovação, o grupo busca promover a articulação entre os atores do setor de bioenergia. Pesquisadores e empresas do setor se reúnem para discutir ações que possam alavancar o setor e tornar o Paraná provedor de soluções em bioenergia.
Fonte: Jornal Correio Braziliense / Embrapa / Observatórios SESI/SENAI/IEL
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