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Publicado em 07/05/2019
A Biotecnologia usa organismos vivos, ou seus derivados, para elaborar produtos com determinados fins. Seus estudos criam aplicações na Medicina, Agricultura, indústria alimentícia, além do meio ambiente.
Veio também a Biologia Molecular, a Engenharia de Processos e a Nanotecnologia. As moléculas de DNA recombinante são a grande novidade da Biotecnologia na atualidade.
O termo Biotecnologia pode até ser recente, só que sua aplicação prática vem desde a Antiguidade. É que há mais de 4000 anos já se sabia produzir o pão e o vinho, alimentos que usam a fermentação de microrganismos.
A diferença é que não se compreendia como os fatos se davam, já que eram processos que ocorriam às cegas. Tudo mudou quando algumas áreas da ciência se desenvolveram, posto que responderam a várias dúvidas.
Destaque para os experimentos microbiológicos de Louis Pasteur, já no final do século XIX. Ele conseguiu compreender em suas experiências como se dá a fermentação.
Na época vigorava a Teoria da Geração Espontânea, ou Abiogénese. Ela supunha a geração de seres vivos a partir de uma matéria não viva.
Em 1953, os cientistas James Watson e Francis Crick surpreenderam o mundo ao anunciarem a estrutura da molécula de DNA. Eles foram contemplados com o Prêmio Nobel de Física, visto que contribuíram para o avanço científico.
Mas foi somente em 1978 que os cientistas conseguiram isolar as enzimas de restrição. Esse foi o fundamento para a técnica do DNA recombinante. Posteriormente vieram Biologia Molecular, a Engenharia de Processos e a Nanotecnologia.
Grande foi o avanço da Biotecnologia na Medicina, onde podemos citar a produção da insulina e das vacinas. Também deu um salto tecnológico a produção de medicamentos, o que aumentou a expectativa de vida humana.
Foi igualmente empregada na alteração da genética suína, com isso se obtendo órgãos para transplante em humanos. Beneficiado também foi o paciente com baixa imunologia, já que se passou a produzir anticorpos sintéticos em laboratório.
Um dos maiores saltos tecnológicos, no uso da Biotecnologia, é a chamada Terapia Gênica ou Geneterapia. Ela consiste na colocação de certos genes em células e tecidos visando tratar doenças hereditárias.
A aplicação da Biotecnologia é igualmente usada na produção de insumos, ou seja, agrotóxicos, fertilizantes e sementes. Mas há também a melhoria genética de plantas, além da criação dos alimentos transgênicos.
Já no Meio Ambiente citemos a Biorremediação, isto é, a descontaminação de solos, rios, plantas etc. Do mesmo modo há que se destacar a produção de biocombustíveis, pois são utilizados resíduos vegetais no processo.
Por fim, exalte-se a manipulação de microalgas para se produzir plástico biodegradável.
Diante do aumento populacional nas últimas décadas, fez-se necessário melhorar a produção de vários itens. Destaque para os alimentos, diversificando espécies vegetais mais resistentes a pragas, além de animais com mais carne.
Através da Biotecnologia se conseguiu, igualmente, tratar com mais eficácia doenças incuráveis como câncer e Aids. A vida das pessoas melhorou em muito com a evolução médica em hormônios, anticorpos e insulina.
Mas nem tudo são flores na utilização da Biotecnologia, já que há o impacto ambiental e consequências ainda desconhecidas. Preocupa os cientistas o crescimento exagerado no uso de agrotóxicos e de fertilizantes inorgânicos.
Também em relação aos alimentos geneticamente modificados, ou transgênicos, pouco se sabe. São exemplos em que mas se aplica essa tecnologia: o trigo, a soja e o milho.
Embora tenham contribuído para o aumento na produção, obviamente que seu impacto futuro no organismo humano ainda é desconhecido. Para diferenciar esse tipo de alimento dos não modificados em laboratório, a lei exige que ele utilizem o ?T? para identificação.
Fonte: Conhecimento Científico
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