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Publicado em 25/06/2018
Para Éder Antônio Giglioti, pós doutor em Agronomia e CEO da Smartbreeder, a agricultura brasileira chegou a patamares parecidos com a americana. "Lá as terras passam metade do tempo embaixo do gelo e, durante a safra, o clima permite altas produtividades. Aqui conseguimos resultados com duas safras por ano", conta Giglioti que destaca a atuação do uso intensivo do cerrado brasileiro, que já alcança duas safras, além da tecnologia para o controle de doenças e pragas aéreas, tanto via controle biológico como químico. "No caso da cana-de-açúcar para produção de etanol também temos a tecnologia mais viável, tanto em termos econômicos como ambientais, capaz de contribuir fortemente com a redução da emissão de gases efeitos estufa", completa.
Alta tecnologia a serviço do campo
Diante de tantas inovações e caminhos que apontam para a automação de processos, controle da qualidade, uso de inteligência artificial, entre outros, é comum encontrar alguma resistência dos agricultores. Isso deve diminuir com a troca de gerações no comando de muitos negócios agrícolas, o que promove a adoção de tecnologias de informação neste ambiente. "O trabalho de universidades, institutos de pesquisa e, claro, dos early adopters, ou seja, produtores inovadores são as formas mais eficientes de promover as tecnologias", avalia Bernardo de Castro.
Outra solução será a demonstração de uso e valor dessas inovações. "O produtor precisa enxergar que tempo é dinheiro e, quanto mais demorar para adotar uma nova tecnologia, mais dinheiro ele perde?, avalia Éder Giglioti, que sugere a implantação de áreas piloto para demonstração de tecnologias. ?Apesar do alto custo para os fornecedores, é uma prática muito eficiente. A palavra de um agricultor vale muito mais que qualquer mídia?, completa.
Futuro
O futuro no campo já chegou. Mas, apesar de tantos avanços, ainda há etapas importantes para acontecer. O campo precisa ser uma realidade digital inteligente, onde o ecossistema digital automatizado e conectado resulte em melhores fluxos de trabalho, recursos otimizados e lucros maximizados. "Vale reforçar que a maior eficiência no setor agrícola virá via tecnologia", avalia Bernardo Castro.
Para Igor Chalfoun de Souza, CEO da Tbit, empresa que desenvolveu um equipamento pioneiro no mundo para analisar de forma precisa e oferecer laudos automatizados da qualidade dos grãos, produtos que auxiliem na automação de processos, no controle da qualidade, na otimização de gastos em insumos, serão o destaque no futuro. "São tecnologias que realmente ajudarão no aumento da produção, na diminuição de gastos e no valor agregado", finaliza.
Fonte: G1
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