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Publicado em 23/01/2018
Será lançado no próximo mês pelo Mapa o “Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura”. A iniciativa tem por objetivo traçar políticas e estratégias que permitam aumentar o consumo interno e, principalmente, as exportações brasileiras do setor.
A expectativa é de que as medidas permitam ao País dobrar sua produção de frutas em cinco anos e aumentar em, pelo menos, 50% o volume de exportações em dois anos.
“O setor observava que havia uma sobreposição de responsabilidades e atribuições. Algumas tarefas que deveriam ser feitas pelo setor estavam sendo tomadas pelo governo e vice-versa. Precisávamos de um alinhamento”, conta José Eduardo Costa, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores Produtores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
A entidade foi uma das participantes da elaboração do plano, que tem data de lançamento prevista para 27 de fevereiro. O documento está assentado nos seguintes tópicos: 1) Governança da cadeia produtiva; 2) Pesquisa, desenvolvimento e inovação; 3) Sistemas de produção; 4) Defesa Vegetal; 5) Marketing e comercialização; 6) Gestão da qualidade; 7) Crédito e sistemas de mitigação de riscos; 8) Legislação; 9) Infraestrutura e logística; 10) Processamento e industrialização.
“Dentro de cada um desses pontos, apontamos ao Mapa subitens que consideramos como prioritários”, acrescenta o diretor da Abrafrutas. Entre eles estão a necessidade de acordos bilaterais – com a gigante China, por exemplo-, revisão de questões fitossanitárias e melhoramentos na logística, principalmente das estradas, e no armazenamento adequado das frutas nos portos.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, depois de China e Índia, mas exporta apenas 2,5% do que produz, ocupando a 23ª posição no ranking mundial.
A meta da Abrafrutas é encerrar 2019 com US$ 1 bilhão de receita com as exportações. Dados preliminares apontam que em 2017 o volume ficou em torno de US$ 840 milhões, com expansão de 10% frente ao ano anterior. Esse montante coloca o Brasil atrás de países latino-americanos como Chile (US$ 4 bilhões) e Peru (US$ 2,4 bilhões).
De acordo com o assessor da Secretaria-Executiva do Mapa, Ricardo Cavalcanti, “alguns gargalos impedem maior competitividade da fruticultura brasileira, por isso é importante a adoção de políticas de médio e longo prazos, compreendendo parceria público-privada em conexão com as demandas de mercado”.
“Se consideradas apenas as frutas frescas, os avanços dos últimos 15 anos alcançados pelas exportações brasileiras são pouco expressivas”, observa Cavalcanti.
A fruticultura brasileira é uma das mais diversificadas do mundo e a área de cultivo supera 2 milhões de hectares, gerando expressivo resultado em termos de geração de empregos no campo, na agroindústria, em toda a cadeia produtiva, no agroturismo e na esfera de fornecedores de insumos e serviços, além da renda nos mercados interno e externo.
Informações: SNA
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