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Publicado em 06/10/2017
A produção de algodão colorido orgânico do Assentamento Margarida Maria Alves, situado no município
de Juarez Távora, região Agreste da Paraíba, tornou-se uma referência para produtores do Brasil
e de diversos países da América Latina e do Caribe. Para sistematizar essa experiência e contribuir com
o compartilhamento desse sistema de produção, a Organização das Nações Unidas para
a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério
de Relações Exteriores (ABC/MRE) lançaram neste mês a publicação “Algodão Orgânico Colorido: Gerando renda e cidadania na agricultura
familiar do semiárido brasileiro”.
A obra integra uma série de ações do
projeto Más Algodón (Fortalecimento do Setor Algodoeiro por meio da Cooperação Sul-Sul),
resultado de parcerias trilaterais entre o governo brasileiro, a FAO e os governos da Argentina, Bolívia, Colômbia,
Equador, Paraguai, Peru e Haiti, com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
“Esta publicação
faz parte de uma série de estudos que tem por objetivo identificar, sistematizar e difundir práticas e conhecimentos
relevantes para a agricultura familiar do setor algodoeiro nos países da América Latina e do Caribe. Sua finalidade
é compor um conjunto de aportes técnicos e didáticos que valorizem e ofereçam visibilidade às
experiências, técnicas e saberes que contribuem para a sustentabilidade de milhares de famílias agricultoras
e pequenos empreendedores rurais nesses países”, afirma a coordenadora regional de Projeto de Fortalecimento
do Setor Algodoeiro por meio da Cooperação Sul-Sul na FAO, Adriana Gregolin.
O material relata
a experiência de retomada do cultivo de algodão e a conversão ao sistema orgânico de produção
por agricultores familiares do assentamento Margarida Maria Alves. “Esta iniciativa pioneira no semiárido brasileiro
proporcionou respostas positivas aos desafios de produção, renda e associativismo enfrentados por essas famílias,
refletidas na organização e gestão da associação comunitária, na conscientização
ambiental, na adoção de práticas que possibilitam a convivência e o controle biológico de
pragas do algodoeiro e o melhor uso da água e do solo, como os fertilizantes orgânicos, a rotação
de culturas e o manejo integrado de pragas”, destaca a especialista em cooperação Sul-Sul e consultora
da FAO, Juliana Rossetto.
O estudo aponta ainda os resultados positivos sobre o cultivo de algodão em
base agroecológica de práticas de manejo adequadas ao perfil da agricultura familiar e ações efetivas
de pesquisa participativa e extensão rural. O acesso ao mercado justo, com inserção em um sistema orgânico
verticalizado que integra desde a produção até a indústria, no qual os agricultores pré-processam
o algodão na própria comunidade é outro fator de sucesso. “Nesse contexto, cabe destacar o papel
da Embrapa Algodão, que desde 2000 apoia a experiência dessas famílias agricultoras”, acrescenta
Rosseto.
Entre os impactos da produção do algodão colorido orgânico na comunidade
são destaque a geração de emprego e renda e a melhora da qualidade de vida das famílias. “A
cultura do algodão orgânico, quando interligada a uma cadeia que articula o produtor com o consumidor de produtos
ecologicamente corretos, pode ser uma boa alternativa para melhorar rendimentos, mesmo sem o uso de insumos químicos
e na presença de pragas e de risco climático”, diz a especialista da FAO.
Leia a reportagem na íntegra aqui.
Fonte: Embrapa
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