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Publicado em 18/09/2017
Visando desenvolvimento estratégico nas áreas de inovação e tecnologia, Itaipu e a gigante China Three Gorges Corporation selaram a mais nova parceria do setor elétrico brasileiro, no início de setembro, quando o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, e o vice-presidente da holding chinesa, Lin Chuxue, assinaram em Pequim um acordo de cooperação técnica. Vianna integra a comitiva do Ministério de Minas e Energia na 9ª Cúpula do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A Three Gorges Corporation controla várias usinas chinesas, sendo Três Gargantas a mais importante, a maior do mundo em capacidade instalada. Boa parte do know-how utilizado no projeto daquela usina foi adquirido pelos chineses em visitas à hidrelétrica de Itaipu desde o início da sua construção, em 1975.
O acordo assinado neste sábado amplia o relacionamento entre a holding chinesa e Itaipu. Entre os documentos, está um protocolo de intenções para desenvolver ações conjuntas de pesquisa nas áreas de energia renovável. Itaipu desenvolve vários projetos neste setor, entre eles o do biogás, replicado em várias partes do Brasil e do mundo. Estão previstas a realização de seminários técnicos para troca de conhecimentos em temas operacionais, seminários setoriais, estágios para jovens engenheiros, projetos de pesquisa que fortaleçam os parques tecnológicos e cooperação em projetos de responsabilidade social e desenvolvimento regional.
A parceria foi renovada em meio a uma série de acordos bilaterais entre os dois países. “A missão Brasil-China, da qual participei para assinatura de acordo de cooperação técnica com a China Three Gorges, se dá num momento em que a economia brasileira está no início de um processo de retomada, o que é esperado após três anos de recessão. Como o efeito da política monetária é crescente, o que começamos a ver agora é apenas o início da recuperação que veremos até o fim do ano”, ponderou Vianna.
Itaipu também está entrando numa nova etapa, iniciando o projeto de modernização tecnológica das suas 20 máquinas, 18 das quais ainda são das décadas de 1980 e 1990. A previsão é de que tudo esteja pronto em dez anos, com um investimento previsto de US$ 500 milhões. Essa atualização vai permitir que a usina mantenha os níveis de produção que a levaram ao recorde mundial de geração de energia, em 2016.
Para chegar até o projeto de modernização, foram quase dez anos de estudos, planejamento e projetos. “É um novo desenho para a usina, onde uma rede integrará vários equipamentos digitais que realizam as funções desempenhadas pelos dispositivos atuais, e várias novas funções que visam aprimorar ainda mais os processos de gestão da produção de energia”, afirmou o diretor-geral brasileiro, que é engenheiro eletricista e acumula a Diretoria Técnica de Itaipu.
Já os equipamentos eletromecânicos pesados, como turbina, rotor, estator e transformador principal, não fazem parte do processo de atualização tecnológica, porque estão longe do final da vida útil típica para esta classe de componentes. Segundo Vianna, “a complexidade do projeto não permite improvisos. Assim, cada etapa está sendo exaustivamente avaliada antes de avançar para a próxima”.
Vianna ainda explica que há diversos cenários com diferentes impactos na logística e na disponibilidade de potência: “Se forem duas máquinas por ano, o prazo de execução dos trabalhos, com unidades paradas, é de aproximadamente dez anos, acrescidos de três para as atividades que antecedem as paradas, como projeto executivo, fabricação e ensaios”. A expectativa é que em meados de 2018 o edital seja publicado. Itaipu responde por 16% do consumo do Brasil e mais de 70% da demanda paraguaia de energia elétrica.
Fonte: Biomassa Bioenergia
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