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Publicado em 12/09/2017
À medida que cresce a preocupação com as mudanças climáticas e a falta de água em várias regiões agrícolas do mundo, aumenta também a importância de plantas tolerantes à seca. Atentos a esse cenário, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (University of Southern California – USC) e da Universidade Texas A&M cultivaram trigo em uma terra árida do Texas, nas altas planícies da cidade de Amarillo, e descobriram que, em condições de irrigação reduzida, essas plantas foram capazes de produzir uma grossa camada de cera em suas folhas, que funciona como uma espécie de “protetor labial”.
Os resultados do estudo, publicado em agosto na revista científica “Organic Geochemistry”, comprovam algo que já havia sido identificado em ecossistemas naturais: as plantas que sobrevivem a climas extremos apresentam maior concentração de cera foliar. Essa mistura de compostos químicos faz a comunicação entre as folhas e o ambiente, e sua função básica é conferir ao vegetal maior resistência a doenças, insetos, variações climáticas e à perda de água, ao manter a superfície da planta seca e protegida. A descoberta pode abrir caminho para a identificação dos genes responsáveis por essa característica e, a partir disso, usar ferramentas de biotecnologia para melhorar seu desempenho ou transferi-la para outras plantas.
“Nosso objetivo é identificar os traços que permitem ao trigo tolerar a seca e ainda ser capaz de produzir uma colheita abundante, mesmo em um ambiente de baixa irrigação ou com pouca chuva”, afirma a pesquisadora da USC Sarah Feakins, uma das coautoras do trabalho. Atualmente, Estados Unidos e Rússia estão empatados no ranking de maiores exportadores mundiais dessa gramínea, que é o segundo cereal mais cultivado no planeta – atrás apenas do milho –, com cerca de 600 milhões de toneladas por ano.
Informações: CIB
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