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Publicado em 22/08/2017
O leilão realizado nesta semana (L56) vendeu 796 mil metros cúbicos, volume 4,7% maior que o do leilão anterior e 28,3% superior ao L53, o primeiro do ano para atender a demanda de mistura obrigatória de 8% no diesel. Em relação ao volume negociado no leilão do mesmo período de 2016, houve um aumento de 18,1%.
“A demanda surpreendeu. Isso significa que já reflete uma recuperação do consumo de óleo diesel”, afirmou Juan Diego Ferrés, presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).
O leilão movimentou R$ 1,84 bilhão — preço médio de R$ 2.317 por metro cúbico —, com deságio médio de 18,20% em relação aos preços máximos. Nesse leilão, foram negociados 90,6% do total ofertado. No primeiro leilão de 2017, haviam sido negociados 71,3% do total.
Embora a demanda tenha crescido, dificilmente a projeção de alta para a produção de biodiesel no ano será alcançada. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) prevê alta de 18,4% da produção em 2017, para 4,5 milhões de metros cúbicos e um aumento de vendas de diesel fóssil de cerca de 13%.
Somando todos os leilões do ano, incluindo o volume já retirado dos contratos de opção vendidos, o volume total chega a 3,5 milhões de metros cúbicos e falta apenas um leilão para encerrar as entregas em 2017.
“O setor tem uma capacidade de produção ociosa muito grande”, afirmou Ferrés que, além de presidente da Ubrabio, é sócio e diretor industrial da Granol. Segundo ele, das três fábricas da empresa, apenas uma está ativada. “Pela redução de consumo, achamos melhor mantê-las desativadas. Só irão ser reativadas para a produção do B10 ou mesmo para um eventual aumento para B9”, disse.
Em julho, o presidente Michel Temer sinalizou, após se reunir com entidades representativas do setor, que a mistura obrigatória de 10% (B10) do biodiesel no diesel deve acontecer já em março de 2018, antecipando o aumento em um ano.
Sobre o aumento para B9, há divergências se poderia ocorrer ainda neste ano ou, simplesmente, se a mistura passará de B8 para B10 em março do ano que vem.
Fonte: Biomassa e Bioenergia
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