O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 17/07/2017
Em artigo publicado recentemente na Chemical Engineering Research and Design, periódico de grande impacto, o engenheiro químico Harrson Silva Santana apresenta um microdispositivo que permite a remoção do excesso de álcool do biodiesel, normalmente realizada em rotaevaporadores em laboratório e em colunas de destilação na escala industrial.
Nessas colunas a mistura álcool/biodiesel, introduzida na base, é submetida a aquecimento e o álcool vaporizado sai pela extremidade superior e depois volta à fase líquida por resfriamento. Agora, todo esse processo poderá vir a ser realizado, com alta eficiência, com o emprego de microdispositivos.
Os microdispositivos, fabricados com a utilização de um polímero e que não ocupam mais de 5 cm2, possuem uma entrada pela qual é introduzida a mistura e duas saídas, uma inferior e outra superior, pelas quais saem, respectivamente, o biodiesel líquido e o álcool vaporizado por aquecimento e que também pode voltar à fase líquida por resfriamento. A diferença é que neste caso o processo ocorre em canais com diâmetros hidráulicos de cerca de 300 micrometros, ou seja, 3 vezes maiores que o diâmetro médio de um fio de cabelo. Segundo o pesquisador, no futuro poderão ser desenvolvidos microdispositivos que agrupem as operações de aquecimento e resfriamento, responsáveis, respectivamente, pela separação dos componentes e condensação dos vapores do álcool. Esses dois efeitos combinados podem ser viabilizados com a utilização de placas de Peltier.
O trabalho faz parte de uma linha de pesquisa orientada e mantida pelo professor Osvaldir Taranto, do Departamento de Engenharia de Processos, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp.
Leia a reportagem na íntegra aqui.
Envie para um amigo