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Publicado em 12/05/2017
Lagarta-praga, pulgões, percevejos, moscas-brancas. Todos esses “bichos” que prejudicam lavouras de Norte a Sul podem ser eliminados sem o uso indiscriminado de químicos. Esses casos têm boas chances de serem solucionados por um inseticida natural: o óleo de nim (ou neem).
Obtido através da semente da planta do nim, a grande vantagem dessa alternativa é a utilização em ambientes variados. “Pode ser utilizado em larga escala e aproveitado tanto na agricultura comercial quanto na agricultura orgânica”, explica o professor doutor em entomologia agrícola Marcelo Coutinho Picanço.
Óleo de nim: vantagens e desvantagens
Coordenador do Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Picanço destaca algumas vantagens desse recurso. Uma delas é o preço óleo de nim: o produto é facilmente encontrado em grande e pequena escala industrial, podendo ser utilizado em diferentes lavouras.
Outro benefício é não deixar resíduos no meio ambiente. Por ser de extração natural, ele tem uma química menor que inseticidas sintéticos. “Toda molécula natural é biodradavel e não deixa resíduos quando chegar ao consumidor”, diz o doutor.
Por outro lado, uma desvantagem do óleo de nim é não “matar indiscriminadamente” os insetos e larvas. Segundo estudo divulgado pela Embrapa, o “nim atua sobre os insetos como repelente e antialimentar, interfere nos hormônios reguladores do crescimento, na metamorfose e na reprodução. A ação no ciclo biológico é mostrada através da redução na longevidade dos adultos”. Com isso, a praga é eliminada naturalmente da plantação.
Recomendações: óleo de nim
Apesar disso, a recomendação do professor é não aplicar qualquer inseticida antes de identificar o inseto. Outro alerta é que o uso elevado do nim pode, inclusive, prejudicar “aliados da plantação”. “Além de ser desperdício de dinheiro, pode ter impacto sobre indivíduos benéficos, como insetos que auxiliam o cultivo”, explica Picanço. A recomendação do especialista é evitar a aplicação sem antes consultar um profissional da área agronômica, especialmente quando há uma população baixa de insetos.
Segundo ele, também não vale a pena tentar a produção própria desse óleo natural. Além de levar de três a quatro anos para o crescimento ideal, a planta é originária da Índia, o que significa que cresce melhor em ambientes mais quentes, como no serrado e Nordeste brasileiro. Assim, a indicação é buscar a solução em casas especializadas.
Além disso, o professor da UFV não recomenda o uso desse tipo de material em hortas caseiras. Ele indica, para estes casos, o uso até mesmo de óleos de soja e milho ou extrato de alho.
Informações: Gazeta do Povo
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