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Publicado em 13/03/2017
O tomate está sempre na lista dos produtos com mais agrotóxico. No Rio de Janeiro, um sistema de cultivo, que não é orgânico, tem muitas vantagens em relação ao convencional. Além de gerar um tomate mais saudável, ajuda a preservar o meio ambiente.
O ‘Tomatec’ é fruto do trabalho de dois agrônomos da Embrapa Solo: Adoildo da Silva Melo e José
Ronaldo de Macedo. “As áreas produtoras de tomate normalmente degradam. Nós queremos conservar o solo
para que ele produza mais tempo”, explica José Ronaldo.
Em São Sebastião do Alto, Roberto
Ferreira produz tomates há oito anos. A primeira diferença surge no preparo do solo. Os restos da cultura anterior
ficam na área e é feito o plantio direto.
No Tomatec, os aspersores foram substituídos pela fertirrigação por gotejamento: o adubo vem junto com a água. Adoildo da Silva explica as vantagens do fitilho em relação ao bambu usado normalmente. “Nesse sistema de fitilho a planta fica aberta, arejada e de fácil manuseio. Facilita também o ensacamento.”
O cultivo seguindo os conceitos do Tomatec começou com apenas mil plantas, mas aumentou bastante. Agora, são 40 mil plantas no campo, com intenção de chegar a mais 20 mil ainda em 2017.
As lavouras do sistema Tomatec passam pela análise da Fiocruz. “Em todas as análises que fizemos até hoje, nenhuma delas deu como limite insatisfatório, ou seja, lavoura que não seria apta ao consumo humano. Isso nos dá tranquilidade de dizer que a gente oferta à população um produto livre de agrotóxicos”, explica José Ronaldo.
Os frutos do Tomatec têm a compra garantida por um supermercado na capital do Rio de Janeiro, a um preço que compensa todo o trabalho – quase quatro vezes do que é pago no tomate convencional, mesmo sem ser orgânico.
Além dos nove agricultores do Rio de Janeiro, outros dez do Paraná começaram a usar o sistema Tomatec. Mais detalhes no site da Embrapa ou através do endereço: Rua Jardim Botânico, 1024, Rio de Janeiro, RJ – CEP: 22460-000.
Veja o vídeo da reportagem no Globo Rural, clicando na imagem abaixo:
Fonte: Globo Rural
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