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Cultivares de mandioquinha-salsa atraem produtores por alta produtividade

Publicado em 07/12/2016

Novas variedades desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) são lançadas de tempos em tempos e a partir do cumprimento de alguns processos logísticos institucionais, como a produção de sementes e/ou mudas por meio de editais/licitações, disponibilizadas para a sociedade. Na maioria dos casos, os materiais lançados permanecem sob o olhar atento e o acompanhamento de pesquisadores, caso das cultivares de mandioquinha-salsaBRS Rúbia e BRS Catarina.

 

Lançadas em 2015, as cultivares estão ganhando, pouco a pouco, espaços nos principais estados produtores (Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito Santo), e pelo potencial de produção de 60 a 70 toneladas por hectare vêm atraindo a atenção de produtores dessas regiões. “Assim como até hoje acompanhamos o cultivo da Amarela de Senador Amaral, lançada em 1998, estamos há uns cinco anos avaliando o desempenho da BRS Rúbia e da BRS Catarina junto a produtores e, de acordo com os resultados apresentados, as perspectivas apontam para um crescimento da área plantada”, diz o pesquisador Nuno Madeira, que coordena as pesquisas com a mandioquinha-salsa.

 

A mais recente avaliação de Rúbia e Catarina, como são comumente chamadas junto aos agricultores, ocorreu durante Dia de Campo realizado em oito de novembro último no município mineiro de Espírito Santo do Dourado, que reuniu cerca de 60 produtores e técnicos da região, quando foi destacada a importância da produção de mudas para a formação das lavouras e discutido o desempenho das duas cultivares como alternativa à Amarela de Senador Amaral.

 

A visita foi estendida a outros seis municípios também localizados no sul de Minas Gerais – visitadas e avaliadas unidades de observação implantadas nos municípios de Ipiúna, Bueno Brandão, Munhoz, Senador Amaral, Toledo e Andradas. Nessa ocasião, foi identificada a necessidade de algumas correções de rumo, principalmente na questão relacionada à produção de mudas, importantes na opinião de Madeira, tendo em vista “a tendência de crescimento da área de cultivo observada”.

 

Segundo ele, a Amarela de Senador Amaral continua sendo a mais plantada, no entanto o comportamento apresentado pelas duas novas cultivares apontam para uma inversão desse quadro. “O bom desempenho das novas cultivares já era esperado, mas superou as expectativas. Contudo, para manter essa evolução é preciso seguir a recomendação de serem mantidos dois campos pelo produtor: um para produção de mudas com manejo e nutrição para manter o vigor da planta; e outro para produção de raízes, com manejo e nutrição para esse fim”, sublinha o pesquisador, que destaca a parceria com os Escritórios Locais da Emater-MG, “fundamentais para consolidar o cenário desenhado, envolvendo uma perfeita articulação em nível estadual, regional e local (municipal) “.

 Fonte: UOL

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