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Publicado em 07/11/2016
O cultivo da maçã no País pode entrar em um cenário de risco devido ao iminente banimento do mercado dos principais tipos de defensivos agrícolas utilizados no combate a pragas e doenças que atacam esta cultura. O alerta foi feito por Adalécio Kovaleski, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Segundo Kovaleski, os defensivos dedicados à proteção do cultivo da maçã são produtos antigos, que em um prazo máximo entre cinco a oito anos, devem ser banidos na Europa e Estados Unidos – que cada vez mais se atém ao limite de resíduos químicos nos alimentos -, em um processo de proibição que chegará ao Brasil. Desta forma, de acordo com o pesquisador, não só a maçã, bem como também outras frutas, como, por exemplo, pêssego, ameixa e uva podem ficar sem defensivos adequados à proteção de suas respectivas lavouras.
Kovaleski disse que, por hora, não existem moléculas de defensivos que possam substituir os produtos que deverão sair do mercado. O pesquisador ressaltou que o setor privado endereça mais esforços e investimentos para Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de produtos direcionados para proteção do cultivo de grandes commodities, o que na prática põe de lado o segmento das frutas, por exemplo.
Cálculos apresentados por Kovaleski mostram que a “Mosca-das-frutas”, principal praga que ataca o cultivo da maçã no País, gerou um prejuízo de US$ 10 milhões aos produtores rurais nos últimos anos. Também presente ao evento, Sekhar Boddupalli, presidente da Intrexon, especializada em biotecnologia, salientou que entre 10 a 15% da produção agrícola mundial se perde devido à incidência de pragas e doenças.
Alternativas
O pesquisador da Embrapa informou que a instituição vem trabalhando na busca de alternativas para proteção do cultivo da maçã contra a infestação da “Mosca-das-frutas”. Segundo Kovaleski, estão sendo desenvolvidos estudos nas áreas de controle biológico, feromônios, iscas tóxicas e insetos estéreis, este último em modelo similar ao exemplo do mosquito transgênico que vem reduzindo a população de larvas do “Aedes Aegypti”.
Fonte: Info Money
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