Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Parceria EPAMIG e Embrapa amplia pesquisa com trigo

Publicado em 13/10/2016

O termo de cooperação técnica da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Trigo, localizada em Passo Fundo, RS, vai ampliar ainda mais as ações de pesquisa com trigo no estado, principalmente no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas. O ato de assinatura da nova parceria entre as duas instituições foi feito no mês passado, em Belo Horizonte, MG.

Para o pesquisador da EPAMIG Maurício Antônio de Oliveira Coelho, a parceria vem de encontro ao mercado crescente desta cultura e à necessidade cada vez maior de dar suporte técnico aos agricultores. Durante palestra para profissionais da agricultura, o pesquisador apresentou as vantagens de plantar trigo com cultivares resistentes à escassez hídrica no período da safrinha, resultado de uma das pesquisas conduzidas no Campo Experimental Sertãozinho, em Patos de Minas.

Segundo ele, mesmo com fatores limitantes, existem muitas vantagens que compensam o cultivo. “Formação de palhada, rotação de cultura e forma de interromper o ciclo de doenças fúngicas são vantagens agronômicas desta cultura. Já as vantagens econômicas estão ligadas a possibilidade real de lucro, pois o grão será produzido com pouca chuva, já que existe cultivares tolerantes à seca, desenvolvidas pela parceria EPAMIG/Embrapa”, diz.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seapa), a área plantada e a produção de trigo no estado aumentaram muito nos últimos anos. Saltou de 80,3 mil toneladas em 2012 para 218,3 mil toneladas, cultivadas em 67 mil hectares em 2015. Minas Gerais produz cerca de 20% do trigo que consome. Nos últimos anos, o trigo teve um ótimo mercado, com logística favorável e bom preço pago pelos compradores.

Além do Sul de Minas, as regiões mais favoráveis ao cultivo são Noroeste de Minas, Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro. Comparativamente às demais regiões produtoras do País, o clima quente e seco dessas três regiões potencializa a obtenção de qualidade tecnológica, especialmente, direcionada à panificação.

O pesquisador informa que o principal fator limitante para o cultivo do trigo de sequeiro nas áreas destas regiões que compõem o Cerrado é a doença denominada Brusone. Porém, trabalhos atuais, desenvolvidos pela EPAMIG e Embrapa, estão identificando cultivares mais tolerantes à doença. “É possível fazer um controle para que a lavoura não seja afetada. Trata-se da adoção de estratégias de convivência com uso de cultivares com tolerância genética à Brusone, além da escolha da melhor época de semeadura”, ressalta.

 Patos de Minas marca a trajetória do trigo em Minas Gerais

Os primeiros registros de cultivo da cultura do trigo em Minas Gerais datam do início do século passado, com experimentos na fazenda de Monte Alto, no Triângulo Mineiro, entre 1928 e 1930. O cereal foi objeto de campanha na década de 40, quando foi criada a Estação Experimental Sertãozinho de Patos de Minas (filiada ao Instituto Agronômico do Oeste na época, hoje cedida pela Embrapa em termo de comodato para a EPAMIG), que resultou na criação de cultivares adaptadas ao estado, como a BH 1146, com melhor tolerância ao calor, à seca e ao alumínio do solo. Hoje, muitos experimentos são conduzidos no local.

Seguiram-se fases de crescimento e decadência da cultura, sobrevivendo apenas pelo entusiasmo de alguns pesquisadores, como os da EPAMIG, que desde 1975 desenvolve pesquisas de melhoramento genético do trigo para o cultivo de sequeiro, em parceria com a Embrapa. Nas últimas três décadas, o trabalho em Minas Gerais foi responsável pela recomendação de mais de 30 variedades de trigo.

As ações em parceria entre as instituições iniciaram na década de 1970, junto com as primeiras pesquisas de melhoramento. Ainda hoje, uma equipe da Embrapa Trigo está lotada na unidade da EPAMIG em Uberaba.

Fonte: Correio Uberlândia

 

Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube