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Publicado em 25/07/2016
A variedade de café do tipo arara está ganhando cada vez mais espaço nas lavouras da região. Descoberta no Paraná (PR) nos anos 90, a espécie tem agradado os cafeicultores pela produtividade e resistência às pragas e à seca.
O tipo arara é resultado do cruzamento das variedades sashimore e catuaí, que aconteceu de forma natural no Sul do país. A planta tem tamanho menor e produz um fruto de cor amarela e, desde 1997, vem sendo estudada pela Fundação Procafé, mas só começou a ganhar o mercado há dois anos.
"É um material imune à ferrugem. Aqui na nossa região, ele ainda não pegou ferrugem. Tem uma tolerância à pseudomose, à bactéria. É um material que tem um alto vigor, uma boa tolerância à seca", explica o pesquisador de melhoramento genético da Fundação Procafé, Iran Bruno Ferreira.
Outra vantagens da variedade são o temanho do fruto, cerca de 20% maior do que o catuaí, e no tempo de maturação. Em média, a demora é de 30 dias a mais do que o utilizado para a colheita das outras variedades. Além disso, a planta se adaptaria melhor em áreas com até 1.110m de altitude.
O produtor rural Saulo Roque de Almeida, deElói Mendes (MG) está testando o novo tipo na propriedade. Ele fez o experimento junto com a Fundação Procafé. A lavoura tem cerca de 20 anos e deve produzir 40 sacas por hectare nesta safra.
"Ele retém o fruto com mais força do que as outras variedades, então no caso de uma chuva, como aconteceu esse ano, o fruto não cai fácil no solo. Então você aproveita mais a produção e deixa de produzir um café de baixa qualidade, porque aquele café que cai no chão, ele fermenta e fica com qualidade inferior", conta o produtor.
Já em uma propriedade no muncípio de Botelhos (MG), quase toda a produção da variedade arara já está secando no terreiro. A lavoura só tem dois anos e nessa primeira colheita a produtividade surpreendeu.
"Nós plantamos isso, no início, 21 hectares. Este ano, vamos plantar mais 15 hectares de arara. Na nossa região, que é um clima muito favorável, tem tudo para dar certo", afirma o gerente da fazenda Lucas Antônio Gonçalves Franco.
Fonte: G1
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