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Publicado em 18/07/2016
Este ano, o Paraná registrou queda na área do cultivo de feijão e aumento do preço do quilo do grão. Fatores climáticos e doenças influenciaram este resultado. Para tentar evitar que essa situação ocorra novamente, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) desenvolveu uma semente de feijão mais resistente à doença conhecida como Mosaico Dourado. Essa é principal praga do feijoeiro comum, que é causada pela mosca branca.
A doença é tão grave que pode acabar com a planta. As folhas ficam amareladas, com aspecto de mosaico, e as vagens infectadas ficam deformadas e manchadas.
A nova planta desenvolvida pelo Iapar é resultado de métodos tradicionais de melhoramento genético. A pesquisa demorou 40 anos para ser concluída, começou em 1976. A nova planta é mais resistente, até pode ser infectada pelo Mosaico Dourado, mas os danos são menores.
"Na época da segunda safra, a área vai ter a doença, mas a ideia é usar a planta mais resistente e eliminar as sementes mais frágeis", diz o pesquisador Anísio Bianchini.
No Paraná, as regiões central, oeste, noroeste e norte têm maior prevalência de Mosaico Dourado, e por isso, na última década, tiveram redução gradativa de plantio do grão. De 150 mil hectares plantados entre janeiro e março, a produção passou para 2 mil hectares.
O feijão desenvolvido pelo Iapar é resultado de métodos tradicionais de melhoramento genético. Todos os testes necessário já foram feitos, agora o próximo passo é multiplicar a semente para que os produtores tenham acesso a semente do feijão mais resistente já em 2017.
"As primeiras produções dessa semente ainda estão no Iapar. A nossa esperança, perspectiva, é de que em março de 2017 esses grãos já estejam nas mãos do agricultor e também nos produtores de grãos. O objetivo é recuperar áreas de feijão que foram perdidas no Paraná nos últimos anos", finaliza Bianchini.
Fonte: G1
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