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Dois jovens empreendedores lançaram um projeto que cria plantas em frascos e une a biotecnologia à componente artística

Publicado em 01/02/2016

Dois jovens empreendedores lançaram a ArtinVitro, um projeto instalado na incubadora da Universidade de Vila Real que cria plantas em frascos, onde só necessitam de luz para sobreviver, e une a biotecnologia à componente artística e didática. Bruno Loureiro, ex-aluno do curso de Genética e Biotecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), uniu-se a Miguel Águas, aluno de Mestrado em Ciências da Comunicação na área das Relações Públicas e Publicidade, no projeto ArtinVitro. 

“É a criação de plantas ornamentais que não necessitem de cuidados por parte dos utilizadores e que possam ser um objeto agradável à vista. Esta é a nossa ideia base”, afirmou à agência Lusa Bruno Loureiro, 29 anos.

Apesar de estarem a otimizar mais plantas, para já está a ser usada apenas a calandiva, que é também conhecida como flor da fortuna, que é colocada em frascos, com a raiz enterrada num gel que possui todos os nutrientes que a planta necessita para sobreviver um determinado número de meses, dependendo do tamanho do frasco e da quantidade desse gel.

“Durante esse período as pessoas só têm que por a planta num espaço luminoso e evitar grandes choques térmicos, temperaturas inferiores a dez graus e superiores a 30 graus, e ela vai crescendo e vai-se desenvolvendo um pouco à imagem do proprietário”, explicou Bruno Loureiro.

E, continuou, “pode-se observar o crescimento do todo da planta, não só na parte aérea como também na raiz, e ver como a planta se comporta em cada espaço”.

“Como a planta está num ambiente isolado, controlado pelo utilizador, cada pessoa vai ter um objeto que em si é único porque vai ser um pouco a imagem do tratamento que se dá à planta”, salientou.

Esta é uma “boa solução”, explicou o empreendedor, para quem “gosta de plantas, mas não tem tempo para cuidar delas”.

Dentro dos frascos as plantas possuem nutrientes para sobreviverem durante três, seis ou 12 meses, período após o qual se deve juntar água para descolar o gel e depois transplantar para um vaso comum.

O projeto junta dois campos diferentes: a biotecnologia, através da micro propagação de plantas, e a componente artística e didática, criando produtos adaptáveis a vários contextos.

Com esta ideia, que surgiu no final de um estágio no laboratório de cultura ‘in vitro’ da UTAD, em Vila Real, Bruno quer criar o seu próprio emprego.

Mas para o projeto crescer, os jovens estão a promover uma campanha de angariação de fundos na Internet (mais conhecida por ‘crowdfunding’) que pretende chegar aos 2.500 euros.

“O objetivo de angariar fundos para podermos financiar todo o equipamento que é necessário para o desenvolvimento e armazenamento do nosso produto. Equipar e tornar mais profissional e assegurar que o nosso produto chega nas melhores condições ao público”, salientou, por sua vez, Miguel Águas, de 26 anos.

O jovem referiu que entrou no projeto por acreditar que “tem potencial de mercado” e frisou que espera que se transforme, também, numa oportunidade de trabalho”.

Os empreendedores estão neste momento instalados na incubadora da UTAD. 

Fonte: Dinheiro Vivo

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