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Publicado em 28/01/2016
Mesmo enfrentando problemas de invasão de terra, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) finaliza o ano com um balanço positivo nos campos experimentais Sertãozinho e Canavial, em Patos de Minas. Pesquisadores retomaram e implantaram várias pesquisas. Novas parcerias firmadas e convênios renovados garantirão plena atividade em 2016. O objetivo da EPAMIG é atender as demandas regionais com tecnologias inovadoras para as culturas agrícolas de feijão, trigo, milho, soja, algodão, café, arroz e para a pecuária bovina de leite e de corte.
A cultura do trigo avançou mais de 100% no Estado nos últimos anos. Para dar suporte técnico aos triticultores, dezenas de experimentos são conduzidos pela EPAMIG Patos de Minas, no Campo Experimental Sertãozinho, em parceria com a Embrapa Trigo e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). As pesquisas são realizadas pelo pesquisador Maurício Antônio de Oliveira Coelho, com a participação de estudantes do Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), bolsistas da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
O principal experimento faz parte do Programa de Desenvolvimento de Cultivares de Trigo para Minas Gerais. A pesquisa visa disponibilizar cultivares adaptadas às diferentes condições de solo e clima do Estado, incluindo o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas.
Com um mercado cada vez mais crescente torna-se necessário desenvolver cultivares tolerantes e/ou resistentes às
doenças, principalmente à brusone, que é capaz de reduzir em até 100% a produtividade de lavouras
localizadas em regiões mais quentes do Estado. As pesquisas da EPAMIG identificaram genótipos com diferentes
níveis de tolerância a esta doença. Na opinião do pesquisador, a resistência e/ou tolerância
genética é a alternativa mais econômica para o controle de doenças.
Pesquisadores
da EPAMIG, Embrapa, Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV), que atuam há
35 anos no Programa de Melhoramento do Feijoeiro, trabalham há dois anos em experimentos na EPAMIG - Campo Experimental
Sertãozinho, em Patos de Minas, para a seleção de progênies de feijoeiro eficientes no uso da água.
A pesquisa avalia centenas de genótipos para identificar aqueles tolerantes à escassez hídrica.
Com a seleção de um feijão mais resistente, que se desenvolve bem com menos quantidade de água, os pesquisadores esperam resolver o problema de perda de produtividade, que será cada vez maior caso o volume de chuvas continue diminuindo, como ocorreu nos últimos anos. Segundo a pesquisadora Ângela de Fátima Barbosa Abreu, esta é uma pesquisa de médio e longo prazo. Ela avalia que o Campo Sertãozinho é estratégico para as pesquisas do Programa. “Além da tradição no cultivo do feijão, a região é um polo agrícola do Estado. A fertilidade do solo e o clima são bem diferentes das outras regiões em que o Programa é conduzido. O Campo tem disponibilidade de estrutura física e de recursos humanos para a condução dos trabalhos”, ressalta.
Fonte: Patosjá
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