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Campanha promove as Boas Práticas Agronômicas para prolongar eficácia da biotecnologia no campo

Publicado em 28/09/2015

A evolução da resistência de pragas é um dos maiores desafios para produtores de milho, soja e algodão. Para ajudá-los a proteger a produtividade das lavouras resistentes a insetos e, consequentemente, evitar perdas econômicas, o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) está lançando uma campanha nacional de Boas Práticas Agronômicas, orientando o agricultor sobre o uso sustentável das tecnologias aplicadas às lavouras.

Desde a introdução das sementes geneticamente modificadas (GM) no Brasil, essa tecnologia tem se mostrado uma aliada dos agricultores no aumento de produtividade em consonância com práticas sustentáveis. No entanto, a utilização de uma cultura transgênica resistente a insetos (Bt) sem a adoção das boas práticas pode acelerar a seleção de indivíduos tolerantes aos inseticidas no médio/longo prazo. A pressão exercida pelo uso contínuo da tecnologia faz com que os indivíduos deixem de ser suscetíveis a tecnologia Bt, sobrevivam e se tornem maioria na população após algumas gerações, levando à perda de eficácia da tecnologia. Deste modo, é essencial o engajamento de produtores agrícolas de todo o país na correta utilização e manutenção da biotecnologia.

A diretora-executiva do CIB, Adriana Brondani, explica que a adoção de áreas de refúgio é parte essencial das Boas Práticas Agronômicas. O refúgio consiste no cultivo de uma área com plantas não-Bt próxima à cultura com resistência a pragas. Essa área tem a função de produzir insetos suscetíveis às proteínas inseticidas Bt. Esses indivíduos suscetíveis irão se acasalar com os insetos resistentes, gerando indivíduos heterozigotos que também serão suscetíveis à tecnologia, assegurando a longevidade da mesma. Ao adotar o refúgio, o produtor consegue prevenir ou retardar o estabelecimento de populações de pragas resistentes. “Muitos agricultores já adotam essas práticas, entretanto, ainda é possível melhorar; por isso o CIB, o setor produtivo, o governo, as associações e as cooperativas estão se unindo para divulgar ainda mais essa mensagem ”, destaca Adriana.

A área de refúgio deve ser conduzida de acordo com as recomendações do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Deste modo, o produtor que realizar o monitoramento de insetos em sua propriedade e, quando necessário, utilizar outras táticas de controle que visem reduzir a população da praga abaixo dos níveis de dano econômico, irá proteger a produtividade. Para dar suporte técnico aos produtores e mantê-los informados sobre o MIP, a campanha conta ainda com o site www.boaspraticasagronomicas.com.br. No portal, os produtores poderão fazer perguntas, encontrarão recomendações técnicas das fabricantes de sementes GM e orientação sobre o MIP, incluindo a correta adoção do refúgio.

“O engajamento dos produtores, técnicos e de toda cadeia produtiva é a principal ferramenta para assegurar a longevidade das tecnologias Bt. Pensar no longo prazo e investir na adoção do refúgio é fundamental para o sucesso na preservação dessas tecnologias”, afirma a diretora do CIB.

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