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Publicado em 05/08/2015
Aumentar a produção e a qualidade dos alimentos nos sectores agrário, pecuário, pescas e aquacultura é um dos objetivos do Programa Nacional de Biotecnologia.
Implementado pelo Governo, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, o programa preconiza também o incremento e a variedade de produtos agrícolas, alimentares, industriais, farmacêuticos e nutricionais, olhando ainda para os mercados e os produtos de valor agregado com potencial competitivo.
Com um investimento inicial avaliado em cerca de 30 milhões de dólares americanos, o Programa Nacional de Biotecnologia prevê igualmente melhorias nos cuidados de saúde, mediante diagnóstico de alta precisão, prevenção, tratamento de doenças, bem como o controlo dos seus vectores.
A valorização do conhecimento e dos recursos tradicionais aliados à protecção e conservação do ambiente e da biodiversidade constituem partes deste vasto pacote integrado no programa que sublinha igualmente a gestão sustentável e preservação de recursos biológicos locais, bem como o crescimento industrial e empresarial, para além da criação de emprego e o seu nível de contribuição para a economia rural e urbana.
A melhoria que se vai registar no rendimento individual, colectivo e nacional, bem como a respectiva visibilidade regional e internacional (económica, científica e tecnológica) estão assentes nesta iniciativa governamental.
Segundo fonte daquele ministério, o presente programa é um instrumento destinado a promover a aplicação da biotecnologia como tecnologia estratégica transversal para solucionar questões que sejam limitantes ao desenvolvimento socioeconómico do país, em paralelo às abordagens tradicionais de programas de desenvolvimento.
Até porque a aposta do Governo nesta tecnologia é fruto de resultados demonstrados noutros países que até recentemente tinham problemas e circunstâncias similares aos correntemente enfrentados por Moçambique.
“Como detentor de inúmeros recursos biológicos mercê de uma variada biodiversidade e de ecossistemas tanto terrestres como marinhos, Moçambique está em posição de poder tirar partido do potencial desta tecnologia, em benefício das suas comunidades”, avançou a fonte.
Com efeito, o Programa Nacional de Biotecnologia constitui um documento de referência para os diferentes actores que estão ou pretendem envolver-se no desenvolvimento de biotecnologia no país.
Dá também o enquadramento, princípios e direcciona a agenda de biotecnologia, ao mesmo tempo que identifica os mecanismos e os instrumentos críticos para a sua execução, incluindo o plano operacional para um primeiro horizonte temporal de cinco anos, em função aos objectivos globais desta iniciativa.
“Este programa será sujeito à avaliação e actualização em resposta aos níveis de desenvolvimento alcançados e em função de novos desafios resultantes das necessidades económicas e sociais”, assegurou a nossa fonte.
Sobre os investimentos para o sucesso desta iniciativa, ela explicou que os 30 milhões de dólares que, embora parecendo incomportável para as condições e realidade de Moçambique, estes devem ser visto na óptica de que, se bem conduzida, a biotecnologia tem potencial de gerar retornos consideráveis. Contudo, para isso são necessários investimentos avultados nas fases iniciais.
Fez notar que este valor é comparativamente menor quando comparados com os investimentos feitos em países de economias emergentes que também têm vindo a apostar na biotecnologia. Por exemplo, a Coreia do Sul investe 100 milhões de dólares por ano para desenvolver projectos estratégicos e a China destina cerca de 300 milhões de dólares/ano para a agro-biotecnologia.