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Publicado em 16/07/2015
A biotecnologia é uma das ferramentas tecnológicas mais importantes da atualidade. Suas aplicações têm contribuído para a estruturação de novos sistemas econômicos e sociais, o desenvolvimento dos países, especialmente a partir da manipulação das menores estruturas que compõem os seres vivos.
Alimentos produzidos com o uso da engenharia genética são consumidos há mais de 2 décadas: bactérias, enzimas, leveduras e fungos geneticamente modificados atuam diretamente nos processos de fermentação, preservação e formação de sabor e aromas de muitas bebidas e alimentos do dia-a-dia: iogurtes, queijos, embutidos, picles, pães e massas, cerveja, vinhos e sucos.
Atualmente a engenharia genética ou a técnica do DNA recombinante ou transgenia permite introduzir características desejáveis a plantas (tolerância ou resistência à secas ou à doenças, maior duração de prateleira, maior eficiência, produção e produtividade) e animais, agregar benefícios aos mais diversos alimentos (enriquecimento ou fortificação, maior valor nutricional), realizar diagnósticos mais rápidos e precisos, produzir vacinas, medicamentos ou drogas humanas e animais, inseticidas e produtos de uso agrícola, entre outros produtos úteis à agropecuária e ao homem, por meio de bactérias, leveduras e outros microorganismos geneticamente modificados.
No futuro, será cada vez maior o uso da terapia gênica (alteração da função de células humanas para tratamento de doenças), de plantas ou animais geneticamente modificados para suportar condições adversas (mudanças climáticas), ou como biorreatores para a produção de vacinas, hormônios, substâncias e medicamentos, de interesse humano, animal e ambiental, tornando-os mais seguros e eficientes, de microrganismos para melhoria de processos industriais, redução do impacto ambiental e de tratamento de efluentes, dejetos e resíduos de processos produtivos (indústria têxtil, de papel, química, agroindústria e agropecuária, petrolífera, ambiental e mineração), entre outras aplicações da biotecnologia.
Assistimos a uma verdadeira revolução no diagnóstico e tratamento de doenças, na produção e uso de novos medicamentos para aplicação humana e animal, na multiplicação, produção e reprodução de espécies vegetais e animais, no controle de pragas e doenças animais e vegetais, no desenvolvimento e melhoria de alimentos (alimentos funcionais, enriquecidos, nutracêuticos), na conservação e utilização sustentável da biodiversidade e dos biomas, na recuperação, biodegradação, aproveitamento econômico e tratamento de resíduos, efluentes e subprodutos da indústria e dos sistemas produtivos, na geração de energia renovável e menos poluente (agroenergia e bioenergia), na recuperação de áreas degradadas e biorremediação, rastreabilidade, bioinformática, genômica e proteômica, dentre outras áreas, com potencial cada vez maior de inovações e de geração de novos produtos e serviços.
Outro diferencial competitivo do Brasil para o desenvolvimento da biotecnologia é sua notável biodiversidade. São cerca de 200 mil espécies de plantas, animais e microorganismos já registrados e estima-se que este número possa chegar a um milhão e oitocentas mil espécies. É praticamente um quinto de toda a biodiversidade mundial distribuída em seis biomas (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), além da Zona Costeira e Marinha.
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia investe no desenvolvimento de plantas e animais geneticamente modificados, que serão utilizados como biofábricas para produção de medicamentos seguros e mais acessíveis à população.
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia desenvolve um trabalho sistemático de coleta de genes da nossa fauna e flora e muitos desses genes possuem bom potencial de utilização nas áreas de agricultura e saúde, por exemplo, por suas propriedades medicinais, dentre outras.
A tecnologia permitirá descobrir as funções desses genes com maior rapidez e eficiência e a tecnologia de utilização de biofábricas para produção de fármacos valoriza ainda mais o agronegócio brasileiro, já que permite a agregação de valor a produtos agropecuários, como plantas e animais. Além disso, favorece a integração entre o mercado agrícola e o setor farmacêutico. Quem mais ganha com isso é, sem dúvida, a população brasileira, que vai poder contar com produtos mais econômicos e saudáveis.
Vantagens:
-Produzem proteínas geneticamente modificadas, idênticas às originais, com pouco investimento de capital, resultando em produtos seguros para o consumidor;
-Facilidade de estocagem e transporte;
-Medicamentos mais baratos e produção em larga escala;
-Auxiliar no estudo de funções de moléculas oriundas da biodiversidade brasileira;
-Agregação de valor aos produtos agropecuários;
-Favorecem a união entre o agronegócio e o setor farmacêutico;
-Pesquisas em desenvolvimento com plantas transgênicas de soja;
-Produção do fator IX, uma proteína responsável pela coagulação do sangue. Os hemofílicos não produzem essa proteína e precisam dela para melhorar a sua qualidade de vida;
-Gene que estimula o hormônio do crescimento;
-Plantas transgênicas para combater a AIDS - A pesquisa ainda está em fase de testes e se baseia na introdução da cianovirina (proteína presente em algas) em plantas de soja, milho e tabaco para a sua produção em larga escala. Esta proteína é capaz de impedir a multiplicação do vírus no corpo humano. Os estudos estão sendo desenvolvidos em consórcio entre a Embrapa, Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, Universidade de Londres e o Conselho de Pesquisa Científica e Industrial da África do Sul (CSIR – sigla em inglês). A intenção é produzir o produto em gel (com propriedades germicidas) para que as mulheres apliquem na vagina antes do relacionamento sexual.
Alguns bens e produtos obtidos através da biotecnologia:
Agricultura - adubo composto, pesticidas, silagem, mudas de plantas ou de árvores, plantas transgênicas, etc.
Alimentação - pães, queijos, picles, cerveja, vinho, proteína unicelular, aditivos, etc.
Química - butanol, acetona, glicerol, ácidos, enzimas, metais, etc.
Eletrônica - biosensores
Energia - etanol, biogás
Meio Ambiente - recuperação de petróleo, tratamento do lixo, purificação da água
Pecuária - embriões
Saúde - antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos, vacinas, reagentes e testes para diagnóstico, etc.
Fonte: Ambiente Brasil
O Roadmapping da Biotecnologia aplicada às Indústrias Agrícola e florestal, vislumbrando a importância da biotecnologia no contexto mundial, faz interagir grupos de especialistas e induz, de forma compartilhada, a criação de visões de futuro que têm como objetivos desenvolver a biotecnologia agrícola e florestal Paranaense.
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