Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Melhoramento genético beneficia citricultura no norte do país

Publicado em 14/07/2015

Diante da importância da citricultura para o Pará, a Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA) promoveu uma palestra para representantes da cadeia produtiva no Estado sobre o projeto “Criação e seleção de variedades de citros mediante procedimentos clássicos e biotecnológicos, com ênfase no controle do huanglongbing (HLB) e na tolerância à seca”.

O palestrante foi o pesquisador Walter Soares, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA) e líder do Programa de Melhoramento Genético-Citros da Embrapa. No evento foram divulgados os principais avanços do programa  e as perspectivas das ações no Pará.

“As parcerias vão permitir levar ao setor produtivo novas variedades de porta-enxerto e de copa, melhorar a qualidade dos frutos das variedades já utilizadas, além de possibilitar produção o ano inteiro, com sustentabilidade à citricultura regional”, avalia Soares. O trabalho de avaliação e seleção focará em porta-enxertos e enxertos resistentes ao Greening ou Huanglongbing (HLB), considerada a principal praga da citricultura, de difícil controle e altamente destrutiva para os pomares, podendo ser transmitida via enxertia.

A Embrapa Amazônia Oriental e a Mandioca e Fruticultura trabalham em conjunto desde 2013 para trazer 40 novos porta-enxertos ao Pará. “São genótipos que se destacam em outras regiões do Brasil e que serão avaliados quanto a sua adaptabilidade e estabilidade de produção aqui no Estado”, afirma o pesquisador Fábio Gurgel, da Embrapa Amazônia Oriental.


Citros no Pará

A citricultura paraense está entre as mais importantes do Brasil, sendo o Pará um dos poucos polos citrícolas na zona equatorial no mundo. Capitão Poço, com 15 mil hecatres de área plantada e onde a citricultura foi introduzida há cerca de 50 anos, é o principal produtor estadual.

A produtora Najda Ornela avalia que ainda existem poucos estudos sobre a citricultura na região, mas acredita que com o apoio e parceria da Embrapa, a cultura tem muita chance de crescer. “Capitão Poço já é conhecida como Terra da Laranja e com a pesquisa  do nosso lado, o melhoramento genético e o conhecimento adquirido podemos ficar mais fortes no mercado nacional”, comenta.

“Somos como um leão adormecido. À medida que melhorar a tecnologia , os produtores tiverem acesso a ela e começarem a adotá-la, e os pomares começarem a ser tratados de forma eficiente, sem dúvida vamos despontar no cenário nacional da citricultura”, prevê Junior Zamperlini, da Citropar.

O pesquisador Eduardo Girardi, da Mandioca e Fruticultura, lembra que o Brasil é o maior produtor mundial de laranja e embora a produção do Pará seja baixa, se comparada aos grandes produtores nacionais, cabe ao Pará o titulo de maior produtor do Norte. Segundo ele, o Pará necessita investir em tecnologia para desenvolver a potencialidade de sua citricultura, em especial na genética e no manejo, para a melhoria das espécies e da produtividade, além da resistência a doenças e pragas.

O trabalho da Embrapa em Capitão Poço, por meio do projeto, é desenvolvido em áreas de parceiros para avaliar o desempenho de combinações copa/porta-enxerto explorando genótipos superiores selecionados pelo PMG de Citros, em função de atributos de interesse relacionados à produção, qualidade de frutos e tolerância a estresses bióticos e abióticos.

Enxertia

As parcerias irão permitir a avaliação e seleção de porta-enxertos e enxertos resistentes ao Greening ou Huanglongbing (HLB). Conforme explica Fábio Gurgel, a enxertia é uma forma de criação de mudas de plantas bastante utilizada em espécies frutíferas, como a laranja, limão e tangerina.

Nesse procedimento, o broto de uma planta (cavaleiro/copa), normalmente extraído da ponta de um galho, é implantado na base de uma muda de uma segunda planta (cavalo/porta-enxerto). Esta técnica pode ser utilizada para gerar mudas de plantas de difícil reprodução ou para aproveitar características das duas espécies.

 

Fonte: Izabel Drulla Brandão – Embrapa Amazônia Oriental

Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube