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Publicado em 30/06/2015
O tabaco (Nicotiana benthamiana) é uma das plantas-modelo preferidas dos cientistas para estudar virologia e para testar a expressão de genes. Isso se deve ao fato de o vegetal ser suscetível a mais de 500 vírus e ter um genoma bastante conhecido. Entretanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Murdoch, na Austrália, liderados pelo Dr. Stephen Wylie, identificou no oeste australiano uma linhagem selvagem de tabaco mais resistente às infecções virais.
“A evolução do tabaco sempre me intrigou pois, como possui alta sensibilidade a diferentes tipos de vírus, a espécie é uma forte candidata à extinção”, revela Wylie. A resposta para a inquietação do cientista veio com a análise do DNA da planta encontrada pelos pesquisadores. O vegetal tinha o gene responsável pela resposta viral ativo. “Enquanto a linhagem selvagem tem o gene RDR1 funcional, a de laboratório tem uma mutação nesse mesmo gene que faz com que ela desenvolva alta suscetibilidade às infecções virais”, explica.
A descoberta tem implicações diretas para a segurança alimentar global pois a Nicotiana benthamiana tem relação com importantes culturas agricultáveis, a exemplo da batata, do tomate e da berinjela. Os cientistas agora trabalham com a hipótese de introduzir o gene funcional RDR1 em plantas de interesse agronômico a fim de que elas também desenvolvam resistência a infecções virais. Além disso, o tabaco selvagem se desenvolve em diversos ambientes, a exemplo de climas quentes, frios ou em solos salinos. Isso indica que pode haver outros genes de interesse no vegetal que podem ser uteis para o melhoramento de espécies alimentares.
Fonte: CIB
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